A PALAVRA CONTINUA...
23. "Eu não julgo ninguém". (Jo 8, 15)
Eu não sou vingativo... Eu não poderia ser vingativo; não é de Nós Trindade a vingança, nem tampouco do homem justo.
Nenhuma rebelião pode tomar-me de surpresa, porque Eu vejo desde sempre o que sucedeu e sucederá com cada criatura.
Não tomo vingança, julgo, deixando as Minhas criaturas à avaliação sincera sobre o que fizeram, depois da passagem terrena.
Na vida material envio as provações, sempre por amor, não por vingança se trabalham mal, nem por castigo.
Eu espero que em toda criatura nasça o juízo mais sincero e mais íntimo.
É depois, sempre depois da vida material, quando se completa a confissão sincera de toda criatura, que, tendo-se libertado do corpo, pode julgar-se melhor nessa liberdade adquirida.
Se é justo, posso defender Minhas criaturas, inclusive na terra, do mal que é produzido ao homem pelo homem.
Isto sim, sempre posso ser defensor, jamais vingador.
29 de Março de 1973
24. No Sacrário, diante de meu Corpo e meu Sangue. Ali vos espero.
A vida que passa e escorre como areia entre os dedos, e cada dia vos tira um dia, considerai tal qual é: caminho–passagem para a verdadeira casa, navegação para o porto.
No entanto Eu, perto de vós e em vós, e vossos seres mais queridos que estão já além do caminho, em casa (a casa do Pai), os vemos e seguimos ao longo de vossa peregrinação para a meta, lá onde tudo será alegria, serenidade de espírito e Glória!
Vos observamos viver vossa primeira vida, e Eu que estou em vós sei tudo de vós, desde os grandes até os menores sentimentos, e me interesso por cada coisa. Sei de vossos gostos, das flores mais estimadas... de vossas preferências sobre cada coisa.
Todas estas coisas materiais vos foram dadas para serem utilizadas adequadamente e para dar-vos pequenas alegrias, para distrair-vos e para que Me acheis sempre em cada coisa: um por do sol, uma flor ou também um alimento.
Tudo Eu vos dou e tudo Me deveis.
Encontrais-me em todas as coisas, mas onde mais Eu gosto de ser encontrado é diante de um Altar, na doce luz dourada que os fornece a irrealidade de Minha realidade.
No Sacrário, diante de Meu Corpo e Meu Sangue. Ali vos espero, lá quero sempre de vós um pensamento, e uma saudação e uma prece.
Não importa se a prece é silenciosa ou em alta voz, não importa se é súplica ou protesto, o que Eu quero é o diálogo!
Quando escuto os corações que falam ao Meu, ali Meu coração se abre, se faz vosso e vos recebe.
Espero-vos sempre diante de um Altar e, no silêncio de uma igreja deserta vos reconheço, um por um, desde sempre.
Do mesmo modo que vos reconheço um por um nas igrejas plenas de luz durante uma cerimônia.
A igreja é Minha casa terrena.
22 de Março de 1973
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