Jesus, nosso único amor

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ZELAR PELA MÃE TERRA

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Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

TUDO SOBRE O APÓSTOLO JOÃO



São João Evangelista em Roma e na Ásia Menor

Os cristãos podiam viver em Éfeso, sem ser incomodados; todavia era João guardado por algum tempo como preso. Podia, porém, sair, acompanhado por dois soldados; e visitava muitas vezes gente boa. Uma vez se encontrou, num tal passeio, com um grupo de estudantes, cujo professor falara contra João. Como o Apóstolo tinha pregado o desprezo das riquezas terrestres, compraram ouro e pedras preciosas, que quebraram em pedaços, espalhando-os por escárnio no caminho de João; queriam mostrar-lhe que os pagãos podiam também desprezar a riqueza, sem por isso serem necessariamente cristãos. João, porém, disse-lhes que isso era desperdício, mas não a virtude do desapego. Um dos rapazes desafiou-o então a apanhar os pedaços das pedras e restaurar-lhes a forma anterior, que creriam no seu Deus. João disse-lhes que as apanhassem e lhas trouxessem. Assim fizeram; João rezou e restituiu-lhes então tudo em estado perfeito. Prostraram-se então os jovens diante dele, deram as jóias aos pobres e tornaram-se cristãos.

“Dois dos que tinham dado os bens aos pobres e seguido a João, conta Catharina Emmerich, vendo os escravos bem vestidos, arrependeram-se de ter seguido a Cristo. Vi João apanhar ramos do mato e pedras na praia do mar, convertendo-os pela oração em varas de ouro e pedras preciosas e, dando-lhes, disse que comprassem de novo as riquezas.

Estava ainda a repreendê-los por causa da queda, quando passou diante deles o cadáver de um jovem e muita gente que o transportava; imploraram, chorando, ao Apóstolo que lhe restituísse a vida. Orando, ressuscitou-o e mandou-lhe dizer aos discípulos irresolutos o que sabia do estado de suas almas. O ressuscitado falou-lhes do outro mundo, exortando-os a fazer penitência. Arrependeram-se então os jovens e o Apóstolo mandou-os jejuar, recebendo-os depois novamente na Igreja; o ouro, porém, tornou-se de novo em ramos e as pedras preciosas converteram-se novamente nas pedras anteriores e foram lançadas no mar.

Vi que muitos se converteram e que João foi preso. Um sacerdote dos ídolos disse que creria em Jesus e o libertaria, se João bebesse um cálice de veneno, sem morrer. Fizeram-no conduzir a um largo, perante o juiz e grande multidão de homens. Vi também que dois condenados à morte foram forçados a beber o veneno e caíram mortos em pouco tempo. João rezou e pronunciou algumas palavras sobre o cálice. Então saiu deste um negro vapor e uma luz desceu sobre ele. João bebeu tranqüilamente e o veneno não lhe fez mal algum. O sacerdote pagão exigiu ainda que João ressuscitasse os dois mortos. O Apóstolo deu-lhe o manto para o estender sobre os mortos e disse-lhes o que devia dizer então. Feito isso, levantaram-se os dois mortos; à vista deste milagre, quase toda a cidade se converteu e deram liberdade a João.

Vi também desabar um templo em Éfeso, quando queriam obrigar João a sacrificar aos ídolos. Era como se uma tempestade caísse sobre o templo; ruiu o teto, poeira e vapor saiam de todas as aberturas e os ídolos fundiram-se.

Um judeu convertido, que ainda era catecúmeno, caiu na ausência de João, em grande pobreza e dívidas e era por isso muito perseguido. Então lhe disse um judeu maldoso que tomasse veneno, pois teria de ficar até à morte no cárcere dos devedores insolventes. Vi então o pobre homem, cheio de angústia, beber três vezes uma taça de bronze, cheia de veneno, mas como S. João lhe tivesse ensinado a fazer o sinal da cruz sobre tudo quanto comesse ou bebesse, o veneno não lhe fez mal, apesar de querer envenenar-se. Nesse ínterim voltou João àquele lugar. O homem confessou-lhe o ato que praticara e, repreendido, reconheceu o crime, manifestando grande arrependimento. João fez o sinal da cruz sobre a taça de veneno, a qual se converteu em ouro e mandou-lhe pagar com isso as dividas. Esse homem tornou-se discípulo de João e bispo daquela cidade onde João achou o menino que mais tarde encontrou como membro de um bando de bandidos.

João achou-o apascentando um rebanho fora da cidade. Conversando com o menino, conheceu-lhe os bons talentos, apesar de grande falta de educação. Mandou que chamasse os pais, dos quais João pediu e recebeu o menino, para o educar. Tinha este 10 anos de idade, João levou-o ao bispo de Beréa, para o educar e disse a este que mais tarde viria pedi-lo. No principio tudo ia bem; depois se descuidaram do menino, que afinal se juntou a uma quadrilha de salteadores. Quando João, na volta, perguntou pelo menino, soube que se achava nas montanhas, entre os salteadores. Então montou num jumento e seguiu para lá. Era já idoso e o caminho da montanha muito íngreme. Tendo achado o moço, suplicou-lhe de joelhos que se convertesse. O jovem tinha então cerca de vinte anos. João levou-o consigo, depôs o bispo e impôs uma penitência ao moço, que se tornou mais tarde também bispo.

O bispo demitido era, aliás, um homem bom, mas faltara ao dever para com o moço. Ficara apenas seis anos bispo; era mais o vigário geral de João. Chama-se Áquila e morreu de morreu de morte natural. Oh! Como chorou, ajoelhando-se diante de João, quando este o repreendeu pelo descuido!

Quando João foi atirado no óleo fervente, tinha ensinado na Itália, onde fora também preso. De Pátmos, onde era muito benquisto e tinha convertido muitos, viajava ás vezes, com os guardas, mesmo até Éfeso. As revelações do Apocalipse, não as recebeu de uma só vez, nem as escreveu ao mesmo tempo, mas com intervalo; somente três anos antes da morte foi que escreveu o Evangelho, no Interior da Ásia. – Tive várias visões do martírio deste Apóstolo, em Roma. Vi-o num pátio circular, cercado de um muro simples, onde o despiram e açoitaram; estava já muito velho, mas ainda tinha um aspecto delicado e juvenil. Vi-o também conduzido por uma porta para fora da cidade a um largo vasto e circular, onde havia uma caldeira alta e um pouco estreita, colocada sobre um fogão circular de pedra, o qual tinham aberturas embaixo, para entrar o ar. João vestia um manto largo, abotoado no peito, quase como o Senhor, quando foi escarnecido depois da coroação de espinhos. Havia em roda muita gente a olhá-lo. Tiraram-lhe o manto e vi o corpo sangrento pela flagelação. Dois homens levantaram João, que subia também. O óleo estava fervendo; embaixo faziam fogo com lenha curta, de cor escura, que traziam em feixes. Tendo João estado dentro da caldeira por algum tempo, sem sinal de dor ou queimaduras, tiraram-no; todo o corpo conservava-se ileso e renovado, pois todas as feridas feitas pelos açoites, tinham-se curado. Muita gente que o viu, precipitou-se para a caldeira, sem medo, enchendo pequenos jarros com óleo e eu ficava admirada de que não se queimassem. João, porém, foi reconduzido à cidade.

De Roma veio João de novo a Éfeso vivendo ali alguns dias escondido. Só de noite visitava as moradas dos cristãos e também celebrou o santo sacrifício em casa de Maria. Depois mudou, com alguns discípulos, para Kedar, onde três anos antes da morte escreveu o Evangelho, na solidão. Os discípulos não estavam presentes quando escrevia; moravam um pouco afastados e só de vez em quando iam levar-lhe alimento. Vi que escrevia deitado sob uma árvore e que, quando chovia, em cima do Apóstolo permanecia o céu claro e não o molhava. Viveu ali mais tempo, ensinando também e convertendo muita gente nas cidades. De lá voltou novamente a Éfeso.

Os partidários principais dos reis Magos, depois de recebido o batismo das mãos se São Tomé, dirigiram-se à Ilha de Creta; o resto espalhara-se por outras regiões. São Tomé instituíra na Arábia vários bispos, pertencentes às tribos dos Reis Magos. Estes bispos não conseguiram mais governar os fiéis da região, os quais sempre recaiam na idolatria. Por isso escreveram a São João, que lhes mandasse dois discípulos, ambos irmãos de Fidélis, os quais receberam no batismo os nomes de Macário e Caio e já eram homens. Esses, porém, tanto tempo lho pediram, que afinal, embora em idade avançada, fez essa viagem. Moravam ainda mais longe do que o acampamento do Mensor. Vi João num lugar onde habitavam os caldeus, que possuíam no seu templo o jardim fechado de Maria. O templo não existia mais; tinham uma Igreja pequena, em forma da casa de Maria em Éfeso, com terraço, como tenho visto todas as Igrejas nos primeiros tempos do cristianismo.

Ali se reuniram também os bispos, pedindo a João que escrevesse a vida de Jesus, pois que lhe contariam tudo quanto sabiam. Disse-lhes, porém, o Apóstolo que já tinha escrito a vida de Jesus e tudo quanto podia escrever de sua Divindade neste mundo; que, enquanto escrevera, quase sempre havia estado no céu, não podia escrever mais outra coisa. Disse-lhes que um dos discípulos que acompanhara Jesus, de nome Eremenzear, mais tarde chamado Hermes, tinha escrito a respeito; Macário e Caio deviam completá-lo. Vi também que estes assim fizeram e que a obra de Macário se perdeu, mas a de Caio ainda existe. João partiu dali para Jerusalém, depois para Roma, donde voltou para Éfeso.

Tive também uma bela visão da morte de São João. Estava já muito velho, mas tinha o rosto ainda belo, delicado e juvenil. Vi-o partir e distribuir o pão divino creio que por três dias em seguida, numa Igreja de Éfeso. Lembro-me que Jesus lhe tinha aparecido, anunciando-lhe a morte; recordo-me só obscuramente, mas vi muitas vezes Jesus lhe aparecer. Depois o vi ensinar ao ar livre, sob uma árvore, fora da cidade, rodeado pelos discípulos; dirigiu-se em seguida, acompanhado apenas por dois discípulos, a um belo lugar num bosque, atrás de uma pequena colina. Havia ali uma linda relva e podia-se ver o mar azul no horizonte. Mostrou-lhes uma coisa no chão; era que deviam cavar ou acabar-lhe a cova. Creio que era para acabar, pois pouco depois tudo estava tão bem preparado, que o trabalho principal devia ter sido feito já anteriormente. As pás ainda estavam lá.

Vi-o voltar para junto dos outros, ensinando-lhe com amor, rezando e exortando-os a se amarem uns aos outros. Os dois voltaram também e um deles disse: “Ai! meu Pai, cremos que nos quereis abandonar”. Comprimiam-se-lhes todos em roda e prostravam-se por terra, chorando; João exortou-os, rezou e abençoou-os. Depois mandou que ficassem ali; e acompanhado por cinco dentre os discípulos, foi ao lugar do sepulcro, que não era muito profundo, mas bem revestido de relva; tinha uma tampa de vime e sobre esta puseram depois, se bem me lembro, relva e uma pedra.

João, em pé à beira da cova, rezou com os braços estendidos; depois colocou dentro o manto, entrou e, sentando-se, ainda rezava. E veio-lhe um grande esplendor, enquanto ainda falava; os discípulos estavam prostrados por terra, chorando e rezando. Vi depois uma coisa maravilhosa: Quando João caiu vagarosamente deitado e expirou, vi no esplendor que o encimava, uma figura resplandecente, semelhante a ele, sair-lhe do corpo, como de um invólucro grosseiro e desaparecer com a luz. Depois vi também os outros discípulos, que se aproximavam e se prostravam em roda do sepulcro, sobre o corpo sagrado, que foi coberto em seguida.

Vi também que o corpo do Apóstolo não está mais na terra, mas entre norte e leste, num lugar resplandecente com o sol; vi que lá era como um intermediário, recebendo alguma coisa de cima e levando-a para baixo. Vi esse lugar como ainda pertencente à terra, mas elevado acima dela e inacessível”.

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