216. - No templo Ele havia começado a demonstrar sua divindade sem dizer quem era.
Todos os anos íamos ao templo de Jerusalém para as festas de Páscoa. Preparávamos nos dias anteriores à partida, as provisões: pão, azeitonas, queijo, normalmente, e um pouco de fruta; com o leite de jumenta nos tirávamos a sede, ou com a água das fontes.
Estávamos sempre muito felizes nessa viajem, mesmo sendo peregrinação. Contávamos os dias e depois recordávamos todos os detalhes daqueles dias... Íamos com a pequena carroça, com as tendas e as mantas. Jesus, nesse ano em que falou com os sábios, estava mais feliz que das outras vezes. Nós não podíamos saber o motivo disso...
E depois estivemos cheios de ansiedade, até encontrá-lo novamente. A Mim me batia forte o coração e lhes confesso que também chorei: "No entanto é Deus e Ele sabe o que deve fazer e fará seguramente coisas boas e não pode estar em perigo...
E se em troca, se tivesse perdido? Também é um garoto...". José não o reprovou, sabia quem era Jesus, mas se tivesse sido um pai comum corrente e Jesus tão só um garoto, seguramente o teria feito, inclusive por reagir depois dessa longa preocupação.
No começo, estávamos seguros que estava na caravana, enquanto que Ele, Jesus, se tinha ficado no templo porque assim devia ser: Ele tinha começado a dar mostras de sua divindade, sem dizer quem era.
Os sábios ficaram assombrados com suas respostas; a nós Jesus não nos disse o que lhe tinham perguntado e o que Ele havia contestado, nos revelou tão somente u a oração:
"Vós que sois homens de estudo, recordai que ninguém pode estudar sem o pensamento dirigido a Deus, que ilumina..." Jesus se assombrou quando regressamos para buscá-lo: "Por que me buscáveis? Tinha que ocupar-me das coisas de meu Pai!".
Os filhos não são nossos na terra. Nem eu nem José comprendemos então essas palavras. Jesus crescia em sabedoria: Ele revelava sua sabedoria com o tempo. Crescia em idade, crescia em graga.
Como Deus, havia n'Ele toda graça, como homem se portava para estar em graça. Crescia diante de Deus, Ele, Deus e o Padre unido a Ele pelo Espírito, o iluminava e o fazia poderoso quando n'Ele estava a divindade.
Os homens o viam como um deles até quando se revelou e então muitos o reconheceram e muitos assim não o conhecem.
Está tudo claro, mas Eu recordo aqueles momentos de ansiedade que se devia provar: era e sou sua Mãe e aquelas lágrimas, ls primeiras derramadas por Ele, por vós, na Redenção.
Depois de ter-lhe encontrado, durante a viajem de volta, já não se falou disso e Jesus foi muito afetuoso conosco .
29 de dezembro de 1985
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