212. - Eu convido o mundo ao amor.
"Ave Myriam!"
A voz do anjo Gabriel era muito harmoniosa. Eu estava surpresa, emocionada, feliz, assustada... Tinha tantos sentimentos em Mim e sobretudo tanto assombro. Quando Jesus nasceu em Belém brilhava aquele cometa que logo voltará.
Não anuncia eventos, está em viajem contínua das estrelas, mas Jesus nasceu quando o céu estava todo uma efervecência de estrelas e planetas. O acontecimento!
Deus nascia, quantos o reconheceriam como Deus? Inclusive depois de séculos muitos dizem que era um profeta e agora se pretende colocar a Igreja de Deus à par com muitas igrejas humanas.
Eu convido o mundo ao amor, já faz séculos meu Filho pediu o amor. Estávamos no jardim sem rosas, em Jerusalém e pensava em nosso jardim, em Jesus pequeno, naquelas horas felizes...
"Virá a dor, mas agora estou feliz olhando meu Filho..."
E cantava... E nesse jardim sem rosas sentia sempre e tão somente aquela melancolia que se sente pensando no que não pode voltar. Em meu coração Jesus falou: "Mãe, voltaremos juntos ao nosso jardim...".
Aqui está, eis aqui a esperança! Lucas escrevia sobre Jesus, de Mim e dos milagres. Muito do que escreveu se perdeu. Por vontade divina, o que vós conheceis é o que deveis conhecer e se, por um dom, por uma graça meu Filho disse que vos fale de nós, Eu com muita alegria o faço e vos falo como amiga, como mãe, como mulher.
E conheço vossa nostalgia que viveis no jardim sem rosas. Também vós achareis as rosas. Lucas escreveu muito de nós. Descreveu a Jesus como Eu a ele o tinha descrito:
"Era alto, tinha uma figura de estátua, longas pernas musculosas e potentes ombros (um mais desenvolvido que o outro pelo trabalho que fizera por anos). Seu rosto era regular, a barba de un loiro escuro, assim como seu cabelo cor de cobre, os olhos de um azul intenso que penetravam nas almas e olhavam dentro dos corações. Através daquele seu rosto humano penetrava também sua natureza divina. Tinha um andar de rei e levava as pobres túnicas como se fossem mantos de arminho! Sua beleza era, sim, material também, mas sobretudo espiritual".
E Lucas escrevia... E pensava tirar daquela descrição um retrato de Jesus... "Senhora, seu rosto humano se parecia com teu rosto, seu divino espírito era o do Pai divino.
Como poderei fixar na madeira aquele rosto? Tão somente a parte humana, a divindade, nenhuma mão de homem pode fixá-la em uma efígie...!".
E de fatos, entre tantas e tantas efígies de Jesus nenhuma demonstra sua divindade mas algumas se lhe parecem: aquelas feitas por homens auxiliados pelos anjos.
3 de dezembro de 1985
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