207. - A Igreja que nascia, a Igreja que nunca morrerá.
Adormeci docemente. Nesse dia estava cansada. E depois me achei, como num sonho, sustentada pelos anjos ao encontro de meu Filho. Os apóstolos choravam: "Também Sua Mãe nos deixou!".
E estavam realmente aflitos, tanto que não puderam pensar em minha felicidade. Deus fez em Mim grandes coisas, assim como em todos aqueles que lhe servem com dedicação, Ele opera, converte, fala! Ele faz grandes coisas nos mais pequenos, nos mais humildes!
Os últimos dias de meu tempo os passei junto a João, sempre com a nostalgia e a esperança na alma. Dois sentimentos que acompanham a quem ama e crê. E então o pranto se faz doçura, porque se vive de esperança.
Por isso, sabeis que a fé é a única ajuda na dor e que a dor sem fé é o desespero, porém a dor é sempre igualmente dor. Vivida e oferecida enaltece. O Céu está sempre em festa e a chegada de uma alma é um encanto.
Como explicá-lo? É o sonho mais formoso feito realidade. Os apóstolos me amavam e Eu os amava. Quando agora os encontro nos caminhos celestiais, recordamos juntos sua história: "Senhora, eu era ignorante, era incapaz... Jesus fez em mim grandes coisas, ao ponto de fazer-me o primeiro Pontífice..."
Esta maravilhosa história! A Igreja que nascia, a Igreja que não morrerá jamais!
Aqueles homens fracos, às vezes cheios de temor: "Quo vadis Domine?". "Vou me crucificar em teu lugar...". E depois, a força de aceitar o martírio.
Jesus deu a força para todo mártir de imolar-se em Seu nome. A força ao pensamento que a vida continua no infinito e que por aquela vida valem bem as lágrimas, sacríficios, dores, para conquistá-la.
Nesse dia adormecí docemente. Tinha terminado meu tempo na terra, iniciava para Mim a vida. E deixando a terra nunca deixei, com o sentimento de materno amor, a humanidade. Estou convosco, vos escuto e o Meu Filho que é com o Pai uma só coisa, entrego as preocupações vossas.
Estou convosco e no tempo me manifestei e me manifesto, assim como agora com estas palavras, para demostrar-vos meu amor, para narrar-vos de Mim e fazer-me amar por vós.
Passaram séculos desde aquele tempo, e o dia em que apareceu o anjo está vivo em mim, recordo, pois foi demasiado importante: "Por que justamente a Mim?"
Quantas vezes me perguntava olhando o menino Jesus. Nunca achei l resposta a esta interrogação e aceitava já que era demasiado importante: "Por que justamente a Mim?".
Nunca achei resposta para esta pergunta, aceitava porque assim Deus o tinha querido: Ele sabe! E quando vós vos fazeis certas perguntas sem respostas, recordai: Deus sabe, Deus ama! Estas são as autênticas respostas.
E quando ao longo dos caminhos mais escarpados os apóstolos, seguindo Jesus, lhe faziam aquelas perguntas: "Rabi, por que nos escolheu justamente a nós?" Ele, como a vós lhes respondia: "Estais num desígnio!".
15 de agosto de 1985
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