Quem tem a alma pura e tem na alma meu Filho, está no caminho certo para esse Reino no qual Nós aguardamos toda a humanidade para que viva sua plenitude de felicidade eterna.

197. - Quem busca  meu Filho, busca o caminho justo. Ele se deixa encontrar,  morreu para fazer-se encontrar pelos homens.

Quem tem a alma pura e tem na alma  meu Filho, está no caminho certo para esse Reino no qual Nós aguardamos toda a humanidade para que viva sua plenitude de felicidade eterna.

E quem busca  meu Filho busca o caminho justo. Ele se deixa encontrar, Ele morreu também para fazer-se encontrar pelos homens. Eu dei sinais de meu amor,  pedi penitência, testemunho e dei esperança a quem me  pediu uma graça.

Se a certeza da fé existe por parte de quem a pede e é completa, então a fé é premiada.

Meu manto era verde, minha veste era branca com uma franja rosa. E na mão um livro aberto! Já se abriu o tempo no qual o Céu dá mais sinais e nós nos manifestamos.

Já se abriu o tempo previsto pelos séculos: a história da humanidade é cíclica, mas as visões do pequeno João são verdade. Quando estava com ele em Jerusalém, continuava vivendo para a Igreja e por tanto para todos vós.

Volto a ouvir na lembrança as vozes de Simão e Paulo: uma discussão entre eles em nossa casa, diante do fogo, estávamos presentes eles, João e Eu, Myriam:

"Se tu dizes que nada teria sido importante, nem sequer os milagres, se Jesus não tivesse ressuscitado, anularias todos seus gestos divinos!".

"Simão, eu não disse isto, cada gesto de Jesus é importante, cada palavra é lei de amor, mas a Ressurreição é a prova de Sua divindade, e isso não se discute, enquanto que tu sabes bem que cada gesto, mesmo milagroso e divino, é sempre discutido pelos incrédulos".

"Muitos estão cegos, muitos surdos porque querem sê-lo. Já o dizia o Rabí..." "Eis aqui então que tu podes compreender o que eu afirmo. Tu estavas perto, enquanto que eu lhe perseguia...".

"Também tu fostes chamado por Ele!". "Ele chama a todos e há quem não quer escutar-lhe! E quem o escuta mas não quer fazer o que disse!, ‘Amai-vos’".

Onde está o amor? Está oculto pelo egoísmo, mas existe. É pouco, mas existe! O sol que manda raios coloridos é nosso sorriso, é vida! A cozinha era um pouco maior do que a de Nazaré.

Em Nazaré vinham  ver-nos os primos de Jesus e alguns parentes. Volto a ver os rostos infantis de Tiago e Judas, morenos e risonhos, quando Jesus lhes oferecia as azeitonas recém colhidas! "Que bonitas são...!".

As lembranças  me faziam reviver os dias tranquilos. Vós conheceis a doçura e a melancolia das lembranças. As horas da saudade do quanto vivemos! Depois serão horas que não serão horas de felicidade.

Paulo de Tarso era um homem decidido, Simão era mais tímido, mas esquecia sua timidez quando perdia a paciência. Homens... homens nos quais Jesus,  Deus de Deus, fez grandes coisas.

Os instrumentos de Jesus! Poucos, raros, mas existem. Existi-vos! Ele trabalha em vós. Vós estejais simplesmente à sua disposição.

Aquela vida minha em Jerusalém foi também cansativa e isto me servia de estímulo; a fadiga das longas horas de falar, de aconselhar... E a Igreja crescia... Esperávamos a noite, a calma, e até a entrada da noite, mas o tempo parecia deter-se.

A Igreja é eterna e nós entrávamos  um pouco na eternidade porque, falando de Deus, Ele escutava. Ele, Deus de Deus, meu Filho no meio de nós, nos transportava aos maravilhosos lugares-não lugares de onde vinha.

E Seu Espírito nos iluminava. A Igreja: vós! Todos vós, partes vivas desta sociedade eterna! Vós, que vindes até os maravilhosos lugares-não lugares de onde veio Jesus que se encarnou através de Mim para vós.

E a Igreja que no Reino (maravilhoso lugar-não lugar) triunfa na luz do Pai e na glória de seus santos! Quantos mistérios na terra! Mas também muitas revelações.

Uma noite, quando falávamos (estava Simão, Tiago e naturalmente João e o Tadeu), o pão tirado do forno enviava seu aroma... Vi lágrimas nos olhos de todos:  lembrando daquela noite "Isto é meu corpo...". Não disseram nada, sabiam que tinha compreendido seus sentimentos.

17 de abril de 1985