195. - Virgem da Revelação. Apareci em Roma no início de uma época de grande sofrimento para a Igreja.
Sou a Virgem da Revelação e sou sempre Eu, a pequena Myriam que em Nazaré ninava Jesus, fazia o pão e lavava a roupa na fonte.
Apareci em Roma, dei e darei sinais evidentes de minha presença. E agora para ti são revelações; de fato te conto coisas que ninguém sabe e sobretudo meus sentimentos.
As horas da saudade que tu vives, que Eu vivi, quase sempre não são compreendidas pelos que não têm motivos de saudade.
Consideram-me diferente de toda criatura. Certamente a diferença está clara: não tive pecado, para ser mãe de Deus, mas tive, como toda mãe, sentimentos do coração e temores. E essa dor embaixo da Cruz e a saudade no tempo que Jesus ainda não tinha ido embora.
Às vezes ia ao horto de Getsêmani , ficava ali para meditar em meu Filho e em Seu sofrimento. Também Eu desejava oferecer a todos vós minha dor, pois Eu vos amava já desde então: "Mãe, os homens, meus irmãos, teus filhos, têm sede, têm fome de amor...".
Voltava escutar Sua voz, revivia muitas horas de serenidade e outras de dor naquele pequeno horto, ali no meio das oliveiras me sentia mais perto de Jesus.
Os apóstolos, que sempre me pediam conselho, os cumpriam sempre: "Senhora, quando fácilmente me exalto, como posso acalmar-me?". "Pensa em Jesus, Simão..."
Pensar é orar. A chamada de um pensamento vosso sempre nos alcança e chega a vossos seres queridos que estão conosco, os santos. O pensamento toma forma para nós que estamos mais além da matéria, no espírito.
Quando os apóstolos estavam iluminados diziam maravilhas, porque o Espírito operava neles. Poucos homens frágeis, normais, puderam entender a Verdade de Cristo!
Eu ainda revelo. Revelo aquela minha vida, aqueles meus sentimentos, revelo as palavras de Jesus que ninguém sabe... e digo então que este revelar é importante inclusive se as palavras parecem simples e sempre óbvias.
E posso revelar, em Deus, o futuro dos últimos tempos, já começados. O figo está quase maduro, os sinais no Céu, já aconteceram e outros acontecerão.
Haveis-me revestido de pequenas pérolas, haveis dourado minha coroa. Um agradecimento e um obrigada a ti, que sempre no decorrer do tempo me tens venerado como Mãe. As pequenas pérolas brilham como raios. Em Nazaré não tinha pérolas, levava aquele vestido um pouco áspero e do mesmo tinha outros dois parecidos.
"Mãe, serás uma rainha!". E tu que escutas meus relatos e vives as mesmas horas de saudade, deves estar menos temerosa, mais segura, mais serena. Jesus te escolheu. Escolheu-vos para escutar-nos, para trabalhar por nós, unidos e sempre iluminados.
Sou a Virgem da Revelação. Apareci em Roma no princípio de uma época de grande sofrimento para a Igreja.
Esta Igreja que crescia e começava a viver nos corações dos primeiros, em minha dor, na pobreza de espírito e riqueza espiritual, não pôde experimentar detenções, mas teve sempre imprevistas ofensas.
E vós defendei-a, vós recolhei essas túnicas lançadas em terra, esses Crucifixos destroçados... Sede vós agora o sal, sede vós o fermento, apóstolos dos tempos da Revelação: um livro aberto em minhas mãos que também vós lereis. Os sinais são evidentes, recolhei vós as túnicas e os Crucifixos destroçados e sede vós o sal e o fermento!
A Igreja começava então, desde a gruta de Belém, desde o lago de Genesaré, desde aquele dia em que Jesus viu a Simão, a Tiago, a André e a João... "Vinde Comigo!". Também digo assim a vós. Tenho também para vós o mesmo olhar e o mesmo sorriso.
Eu teria ficado em Nazaré, não tinha temores por mim. João me disse que não podia ficar, Jesus me confiou a ele e ele foi confiado a Mim, e a Igreja devia afirmar-se através de nós e de todos os apóstolos.
"Peguei as coisas mais queridas". Com o coração partido pus num saco o pequeno taborete... As coisas mais queridas estavam ligadas às mais belas recordações.
Como te disse, também Eu sou uma mulher com sentimentos de mãe. E continuei vivendo aquele dia...
Num dia que adormeci docemente os anjos me levaram imediatamente depois ao encontro de Jesus. Minha matéria se transformava em glória e o cálice brilhava... "Isto é meu corpo, isto é meu sangue...".
Em Mim levei esse corpo, lhe dei aquele sangue.
Meu corpo não podia se corromper.
10 de abril de 1985
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