175. - É necessário distinguir-se no amor de Cristo, vendo-o crucificado, vendo-o coroado de espinhos.
Também Paulo tinha a voz forte e harmoniosa: voz de pregador!
Eu escutei uma homilia sua, uma só e a recordo palavra por palavra: "Irmãos! Cristo nos pediu que nos amemos uns aos outros!
E como podemos fazê-lo se somos às vezes mesquinhos e sempre egoístas? Vencendo e sufocando nosso eu, que nos oprime e nos sujeita.
E distinguindo-nos no amor a Cristo e no pensamento constante em Cristo, somente assim poderemos viver aquela virtude que abraça a todas as demais: a caridade!
Não é fácil, é sacrifício: é aqui que então a caridade atua: compreende o próximo e então se chega a lidar, se é necessário; outra virtude é o perdão!
Nenhuma virtude é fácil; é necessário distinguir-se no amor a Cristo, vendo-o crucificado, vendo-o coroado de espinhos. Também na dor Ele foi um Rei!
E agora nos Céus Ele brilha como luz, aquela mesma que me deslumbrou.
Irmãos, eu agora creio firmemente n'Ele e em Sua divindade. E por isto vos falo.
Eu o vejo deslumbrante de luz e glorioso. Intento agora em Seu nome fazer-vos partícipes daquele milagre para que vossa fé seja certeza e vos leve como consequência a viver na caridade!".
Paulo naquele dia estava em Éfeso e estava para empreender uma longa viajem. As milagrosas viajens dos homens consagrados a Deus!
Muitas palavras de Paulo permaneceram para os tempos, então futuros, estas não, mas agora Eu vo-las digo.
Recordo-as bem e recordo a emoção que experimentava sempre ao ouvir falar de Jesus. Volto a ver sua juventude, retrocedendo: a infância e vendo depois o tempo da dor: a Cruz e até a glória de Sua ressurreição.
"Agora está no Reino, vivo, feliz e vem a Mim e me olha...me escuta!". Assim me consolava Eu, assim deveis consolar-vos pensando em vossos seres queridos felizes e vivos.
Falei com Paulo depois daquela sua homilia, ele veio para buscar-me para saudar-me: "Senhora, quando falo de Cristo sinto que não sou eu o que fala, mas Ele em mim!".
Velha História para vós, para muitos outros, fábulas... O mundo que crê somente no que vê, no que toca... Paulo disse que as palavras daquela noite foram compartilhadas conosco na ceia.
Quando Eu o vi pela primeira vez como amigo (a primeira vez o vi com Jesus no mercado de Nazaré, mas não ouvi sua voz): "Quando se ama a Deus, e assim a Cristo, se vive no espírito e se respira amor, quando não se ama se vive na carne e se respira pó...".
Certamente, e tem outra visão bem diferente daquela que vive no espírito. Minha vida com João era vida de família, ainda me ocupava da comida, da limpeza e às vezes tecia.
Pelo que faz o espírito, posto que no espírito estava aquela vida minha, rezava e falava de Jesus.
Aconselhava, inspirada por Jesus, os apóstolos. Foi um viver intenso com muitos sentimentos: fé, amor, alegria pensando na glória de Jesus, e muita nostalgia: sou Sua Mãe, uma mulher, uma criatura...
9 de Janeiro de 1985
Nenhum comentário:
Postar um comentário