Continuei fazendo os pães de mel, e quando voltava, Cefas me dizia: "Senhora, teria talvez um pãozinho doce para mim?".

162. - Naquele dia com muito vento, Cefas chegou cambaleante.

Naquele dia com muito vento, Cefas chegou cambaleante e me disse: "Domina (o pronunciou em aramaico, porém Eu sou Igreja e então às vezes usava a língua da Igreja) amei o Rabi, mesmo às vezes não fazendo tudo o que Ele tivesse gostado: minhas debilidades, Senhora... E agora me ponho à tua disposição; és Tua Mãe!".

Com eles recebi o Espírito: a sabedoria, a sabedoria para começar sem Jesus e para levar adiante a fé que Jesus nos ensinou.

Sem Jesus na aparência, Seu Espírito estava conosco, como está convosco! "Não vos deixarei nunca!"

"Mãe, estarei sempre contigo, o amor é mais forte que a morte, porque o amor é vida!". "Senhora, me ponho à tua disposição!". Também os outros pronunciaram estas palavras com os lábios e com o coração.

Não tinha imaginado nunca encontrar o apoio daqueles homens afetuosos e sempre ingênuos, mesmo iluminados quando deviam iluminar, eram criaturas normais como as outras.

Quando falavam em Deus faziam milagres e operavam conversões.

A Igreja! Nascida milagrosamente e na normalidade. Milagre de Deus que se encarnou em Mim, obra continuada por homens normais.

E a Igreja és tu que escreves estas palabras, como Igreja é a humanidade toda. E o sobrenatural é como uma fantasia na qual não creem os de pouca fé, aqueles que quiseram tocar, aqueles que estudam demasiado e aceitam depois o que podem compreender.

É impossível compreender, é possível crer com a ajuda de Deus. João se fazia de meu filho, cuidava de mim e Eu dele.

"Jesus gostava deste pão. Prove-o, também você gostará !". "Senhora, pensar em Jesus me comove e sinto a nostalgia daquele dulcíssimo olhar sobre mim, sinto o desejo de ouvir aquela voz..."

Os dias não foram vazios, temos trabalhado muito por todos vós.

O Cristianismo! A religião que foi fundada por Deus, que tomando forma e também natureza humana, viveu no meio dos homens, os amou, tem sido amado, Lhe traíram, os perdoou, os salvou!

A grandeza de Deus que faz tudo isto, que se sacrifica, Deus que me escolheu, Deus que vos escolheu! "Mamãe, posso brincar ainda ou tenho que ir dormir?" "Venha dormir agora porque estás cansado..."

Era Deus, e estava indo para sua caminha de madeira, com a colcha azul. "Um céu pequeno, Mamãe! Um céu pequeno sobre minha caminha!".

As palavras doces e ligeiras de um menino. No entanto, aquele menino era Deus! André era diferente de Cefas, quase não pareciam irmãos de sangue. Mais tranquilo, mais calado, sempre amável. Teve depois um martírio dolorosíssimo. Às vezes discutiam entre eles, inclusive com veemência. Cefas, André, Tiago, Mateus.

"Tendes calma, dizei um a um vossa opinião e escutai a opinião dos irmãos com benevolência...". "Nos deixamos levar por nossas paixões. Perdoa-nos, Senhora!". Volto a escutar aquelas vozes, revivo aqueles momentos! Por vós, para contar-vos! Às vezes os apóstolos ficavam meses sem encontrar-se.

Iam por caminhos diversos com a mesma grande tarefa. Quando voltavam me contavam aquilo que tinham feito e falado, e me contavam também os milagres feitos no nome de Jesus. Também hoje, se nos ministros de Meu Filho a fé é total, Ele pode fazer milagres através deles. A fé deve ser total e a santidade vivida, vivida na pureza de espírito e de corpo.

João era muito doce, demasiado tímido e distraído! "Eu tropecei naquela raíz, estava olhando uma nuvem branquíssima e pensava somente na nuvem... olha, Senhora: rasguei a orla do manto"

Dá-me o manto, consertarei a orla, mas não olhes somente as nuvens: também onde estão as raízes das árvores...". Continuei fazendo os pães de mel, e quando voltava, Cefas me dizia: "Senhora, teria talvez um pãozinho doce para mim?".

Cefas, então, se tornava menino e Eu via outro menino: suas mãos tinham o pãozinho: "Mãe, Eu serei o verdadeiro pão! O alimento das almas!"



22 de novembro de 1984