A pequena casa, onde Jesus viveu Sua infância e Sua juventude até a idade adulta, e até aquele amanhecer no qual me deixou, e Eu o vi afastar-se, enquanto se apagava a última estrela.

153. Em Nazaré minha alma vibrava, tremia, se alegrava e chorava.




Descendo, vos vejo, vos abençoo! E sempre vos olho. Vosso pensamento é prece, é uma chamada que Eu sinto e me atrai.

Vosso amor ao Meu Filho é felicidade para Mim, que se agrega à imensa felicidade do Paraíso.

Em Nazaré vivia minha vida simples na aparência, minha alma vibrava, tremia, se alegrava e chorava: "Ele é Deus e é Meu Filho!"

A coisa era demasiado grande para Mim, demasiado grande, demasiado bela, e além disso demasiado dolorosa! A dor é vida do espírito!

Na terra não se pode compreender, se não se cresce para o alto, mas amando ao Meu Filho e crescendo n'Ele, é necessário então oferecer a Ele toda dor, que no Céu é riqueza para o homem. A verdadeira riqueza!

Em Nazaré, cozinhava, tecia, amassava o pão... A pequena casa, onde Jesus viveu Sua infância e Sua juventude até a idade adulta, e até aquele amanhecer no qual me deixou, e Eu o vi afastar-se, enquanto se apagava a última estrela.

Quantas palavras entre nós naquele tempo! Jesus me falava como homem e me falava como Deus. Como homem sofreu a dor humana, como Deus via cada coisa e cada alma.

"Mãe, no tempo muitos dedicarão a Nós sua vida".

Vós nos dedicais vossas vidas! Jesus vos amou, lhe haveis respondido!

Chamou aos primeiros, olhando-os e pronunciando poucas palavras: "Vinde Comigo, vos farei pescadores de homens!" Pescadores de almas!

Também vós com vossa humildade, com vosso silêncio, com vossa dedicação sois pescadores de almas!

Rezai pelas almas que tomais a peito, e Eu Myriam, receberei vossas preces, farei delas coroas de rosas que levarei para Jesus, e n'Ele ao Pai Celeste.

Deus amou tanto o mundo, mandando Seu Filho, Deus de Deus, para morrer pela Redenção da humanidade.

A humanidade é tão preciosa para Deus, tanto que Ele, Uno e Trino, acolhe toda súplica para o bem dos espíritos. Vossas preces serão acolhidas e escutadas. Pescadores de homens...

Com rosto de pequenas irmãs, pequenas religiosas de almas puras, em vossa fé sois grandes!

Com a força da Igreja, dos consagrados bons e humildes: pescadores de almas! Vós tendes o grande dever de fazer conhecer Meu Filho!

Nas almas dos pequenos semeai a fé. E meu Filho recolherá as flores e os frutos de vossas sementes.

Naquele tempo, quando vivia em Nazaré, numa noite de primavera, em nosso pequeno jardim olhávamos as estrelas...

Mãe, muitos virão para ver estas estrelas... E nos seguirão e nos amarão...



Sestri Lavente, 18 de Fevereiro de 1984