136. Deus programa em nós Sua Obra.
Quando nasci naquele tempo longínquo, meus pais ficaram muito felizes. O dia não é precisamente este, há uma diferença de poucos dias. Nós na terra, ao crescer, não podemos recordar nossa primeiríssima infância, mas mais além da terra podemos voltar a ver toda nossa vida terrena e revivê-la com o pensamento.
Era muito pequena, e enquanto nascia houve um temporal, logo rapidamente se acalmou e saiu o arco iris. Fui uma criatura com um desígnio grande: Deus programa em nós suas obras.
E passou o tempo, fui ao Templo, aprendi a ler, a escrever, a tecer... A vida de uma menina daquele tempo... Quantos anos passaram desde esse tempo, desde meu nascimento! Para vós recordo agora esses dias: nos quais minha vida era ainda normal, até que chegou aquele dia:
"Ave, Myriam..."
A Mãe de Deus e vossa Mãe! Myriam, a Mãe do carpinteiro Jesus!
A casa de Nazaré, que agora em parte está em Loreto, era para nós, uma casa cheia de recordações e de sentimentos. Jesus crescia em beleza e em graça... José nos custodiava... cresciam as rosas na primavera... Recolhíamos as azeitonas avançando o outono. E era a casa de Deus! A primeira Igreja do mundo!
"Mamãe, vem ao jardim para ver as estrelas..."
E as estrelas estão ainda lá e podeis vê-las também vós, as mesmas de então, as nossas, vossas estrelinhas!
No céu vos mostrarei meus sentimentos, me manifestarei ainda mais, por amor, para salvar em parte o mundo! Jesus conhece aos homens e me manda como sua Mãe e dos homens para sua última salvação.
As palavras pronunciadas em Fátima muito rápido serão compreendidas, e somente com a bondade e com as preces, as provações poderão ser mais leves. O mundo tem sede de caridade para os espíritos! Então de fé! Com a fé se poderia salvar o mundo. Quanto sofreu meu Filho no Horto de Getsêmani! Suando sangue, tremendo...
"Pai afasta de Mim este cálice!"
O cálice amargo do sofrimento, naquele momento Jesus era mais homem que Deus, porém em seguida, n'Ele prevaleceu a divindade:
"Faça-se Tua vontade". Ele compreendeu como homem a grandeza do sofrimento, como Deus sabia seu valor.
A cozinha de Nazaré estava sempre perfumada, segundo a hora, de olor do pão, das rosas, ou da lenha para arder. As rosas se formavam no quadro da pequena janela, me parece vê-las ainda, mesmo quando aqui agora tenho caminhos floridos, campos e jardins cheios de flores: são as preces e as obras dos justos e dos santos!
E no meio de tantas, de tantas rosas de vós, Eu que estou mais além do tempo hoje tomo para mim vossas rosas: vossos sentimentos, vossas orações, vossas dores, que são preces, e as apresento a Jesus.
"Tu já o sabias desde aquele tempo, no pequeno jardim, já que tu és Deus e sabias desde aquele tempo que te haveriam de regalar flores feitas de pensamentos, de sentimentos, de dor destes teus irmãos, de meus filhos!"
Lido del Pini, 12 de Setembro de 1983
Nenhum comentário:
Postar um comentário