127. A perda de um filho é a maior dor, que vos chega a Mim por vós as mães.
"Mamãe, brotaram duas rosas! Mamãe hoje é primavera!..." Jesus estava feliz e também Eu tinha ficado, porém naquele momento senti a voz do anjo Gabriel.
"A Sombra da Cruz estará em teu caminho..."
"Mamãe o sol está quente! Vem ao jardim!"
A Cruz, a Cruz que pesa sobre toda a humanidade em forma mais leve ou mais cruenta. Cruz, que santifica a quem a aceita e oferece a dor; a Cruz, que eleva ao alto e de madeira se transforma em luz!
E volto a encontrar-me debaixo da Cruz, a maior dor (humanamente). Esta dor (a perda de um filho) é a mais cruel e somente quem a tem provado pode comprendê-la e é a dor que chega a Mim por vós as mães, que a conheceis, a viveis e vos rasga.
Debaixo da Cruz me sentia aniquilada, queria estar Eu no lugar de Jesus, e naqueles momentos minha dor foi mais forte que minha esperança; estava em Mim, não me queixei, era como de pedra: era a dor que não grita, a dor, totalmente interna, que faz sofrer ainda mais!
E meu Filho padecia como homem e padecia como Deus. Havia escolhido a Paixão para oferecer-se pelo mundo:
"Mãe, me oferecerei a eles e muitos se oferecerão a Mim!"
Eu sabia sobre a Vida eterna, minha fé era segura, por isso sofri com esperança durante o tempo de vida sem Jesus.
Sofrer com esperança, não é sofrer sem crer. E vós, que estais sofrendo, por que não esperais? Se Deus se entregou ao mundo, por tanto também a vós e então amai-o e crede em Jesus, Deus de Deus. O Verbo feito carne, o Amor que estendeu o amor.
"Mamãe, o sol está quente, hoje começa a primavera..."
Outra primavera: aquela do tempo da Paixão!... E vós participai da Paixão com obras de amor, renúncias e orações e obras de caridade e amor. Jesus, e Eu com Ele, desejamos que sejais cada vez melhores, e então, vivais a caridade que é oração: vivais o amor, que é também oração!
Jesus escolheu por vós sua Paixão, e vós o que dais a Meu Filho em troca? Dai-lhe o amor pelo mundo: regalai-lhe com palavras boas, pães e roupas quentes, compreensão e compaixão!
"O que dão ao mundo mo darão a Mim! Mãe, quando dão aos mais pobres e Eu aceito esse presente!"
Jesus, aos vinte anos, era jovem e forte e trabalhava muito. Não obstante, n'Ele a Juventude era também graça e sorriso. Teu filho se parece contigo.
"Mãe, floresceu outra rosa! Venha ver a primavera!"
E também vós olhai-a, se está iniciando, e nestes dias de início de primavera são dias de meditação e de penitência. O mundo tem necessidade de oração: de vossas renúncias e de vossas penitências.
Debaixo da Cruz, comigo, estava João:
"Eis aí teu filho!"
Mesmo na dor devemos continuar a ocupar-nos de alguém, em sermos úteis!
"Não devemos abandonar, sempre alguém tem necessidade de nós e então nossa dor se torna útil para os outros, porque temos conhecimento do sofrimento dos outros, vivendo o nosso!"
Assim me dizia Jesus quando abatido por causa do mundo, vinha refugiar-se em casa durante algumas horas.
Jesus não sofreu somente durante a Paixão: sofreu frío, sede, desilusão e dor por cada criatura que se haveria de perder. Uma dor como a vossa, quando perdeis a uma criatura.
E mais ainda porque Ele, Deus, sabia que quem fica longe d'Ele, quem o rejeita, quem o trai, se perde, porque assim o quer. Vós sabéis que vão reencontrar os vossos seres queridos.
"Mamãe, hoje é primaveral"
5 de Março de 1983
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