126. A vida de vossa alma é a Eucaristia.
Sou feliz pelo nome que haveis dado à vossa Ordem.
Brilha a palavra "Nazaré", é uma palavra querida a meu coração e às minhas recordações.
Volto a ver o meu tempo, o tempo de Jesus, volto a sentir o perfume das rosas em primavera, o perfume da lenha na fogueira, e minha vida e seus sentimentos de então os revivo assim, para narrá-los a vós, que sei que me amais verdadeiramente.
Jesus crescia e em Mim era grande a felicidade por ser sua Mãe e, ao mesmo tempo, temia e tremia diante do pensamento de dor que sabia haveria de vir para Ele, e assim também para Mim! Jesus me falava muito, Eu o escutava encantada:
"Mãe, no tempo, virão criaturas, que dedicarão sua vida a Ti e a Mim".
E me dizia que não haveriam de ser vidas fáceis, mas sim serenas. A serenidade que tem as criaturas em graça é preciosa e vale muito. A paz da alma. Jesus já vos conhecia desde aquele tempo e desde sempre: Deus sabe e conhece cada coisa, como luz, tudo penetra, tudo ilumina.
Naqueles dias tinha dois anos (os dias que agora recordo), era muito ajuizado e falava claramente:
Mamãe, me dá por favor um pedacinho de massa, e assim faço um pãozinho, para cozinhá-lo junto aos que tu fazes?....
Volto a ver as pequenas mãos, que trabalhavam a massa: o pão! O pão de Jesus: a vida de nossa alma: A Eucaristia! Jesus tinha um pequeno banquinho, feito por José, e ele gostava de brincar ou sentar-se sobre seu banquinho.
Fez o pãozinho, usando-o como mesa... Ainda o vejo e também vós olhai-o: sorri enquanto amassa com suas pequenas mãos aquele pedacinho de massa...
Jesus sorri e pensa no pão, que preparará para todos vós. A casa de Nazaré! Que também vossa casa seja a casa de Nazaré: amor, caridade, sacrifício e todo bom sentimento!...
Cada criatura que sabe amar tem no coração um pedacinho de nossa casinha.
Que cada coração seja então nossa casa: amai cada vez mais. Confiai a Jesus e também a Mim, por Ele, vossas preocupações e vossas súplicas.
Com fé, com abandono... E nós faremos por vós milagres para o espírito, milagres da Providência. Em vossos corações esteja nossa casa, e em vosso pensamento levai-nos sempre: assim sereis sempre nossa casa.
Jesus crescia. Eu era feliz e ao mesmo tempo tremia... Quantas palavras ditas entre nós e não pronunciadas, mas igualmente escutadas. No silêncio falávamos entre nós com a alma:
"Mãe, Eu não falo, mas Tu sabes que estou dizendo que te quero!"
Também a vós Ele vos diz as mesmas palavras: "Te quero e o digo a todos vós, no silêncio de vossa alma!"
2 de Fevereiro de 1983
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