116. Por que falar de dor? Pensai em vossa futura felicidade.
Naquele tempo Jesus, como Deus, via a todos vós de cada tempo: "Mãe, posso ver a humanidade e suas almas..."
Disse-me então que os homens eram todos parecidos através do tempo, sempre tem os bons, e os outros; e como em todos os tempos, para uns os vícios e as maldades desses tempos. Em todos os tempos houve e haverá santos. Se a santidade houvesse acabado, já teria acabado a terra.
A última terra! E outras terras e outros mundos, não se detêm o amor de Deus.
Debaixo da Cruz sofri a dor de cada mãe, que chora o maior tormento. A dor digna e muda, suportada pacientemente, tudo interior: é a verdadeira dor!
"Mãe, és digna de tanta dor, porque és digna de tanto amor!"
Quando Jesus me disse estas palavras, Eu compreendi. Muitas coisas não podia compreender então: aceitava. Sabia da dor, anunciou-me-a Gabriel!
Vós escutais agora também vozes falsas, que vos dizem coisas falsas. Voltai então à Escritura e se vos dizem outras coisas não creiais, e ponde em guarda aos irmãos.
Muitos sacerdotes arrastam almas ao abismo! Quisera que fosse conhecida pelo mundo minha mensagem dada em Fátima à pequena Lúcia. Talvez, muitos melhorassem, ao menos por temor. A humanidade terá sempre vícios e virtudes, bondade e ódio, egoísmo e caridade...
"Meu Filho, tu podes fazer muito pela humanidade..."
"Posso redimi-la, certo, porém é necessária também a vontade de cada criatura, criada livre. Eu falarei ao mundo e farei milagres, darei assim testemunho de minha divindade, estarei sempre no meio dos homens; mas sempre haverá homens que se deixarão fascinar pelas coisas vãs, homens ávidos da fama e de dinheiro, egoístas e também maus, mesmo sabendo que o são, já que cada criatura tem sua conciência..."
Assim me dizia Meu Filho e assim é, há homens que atraiçoam e há homens santos!
"Mãe, deixarei minhas pegadas para que as sigam, deixarei palavras de vida para que as vivam, deixarei muito amor e apesar disto, no mundo haverá sempre homens egoístas, maus, ávidos...
Mãe, vejo os outros e fico feliz: olho os pobres de espírito, os puros, os mais santos. Mãe, o mal não vencerá jamais!
Vejo as almas dos justos, seus corações, vejo lágrimas que são oferecidas a Mim, para resgatar os pecados comigo. Vejo dores oferecidas a Mim: preces elevadíssimas.
Vejo os pequenos, vejo aqueles que sabem que a terra é um caminho e vem para o alto, vejo também aqueles que pensam que vão permanecer sempre na terra gozando de seus vãos tesouros..."
E a lua iluminava o jardim e o maravilhoso rosto de Jesus que, certamente, como Deus, via Sua Paixão; porém como Filho, calava, para não dar-me já a dor que logo haveria de padecer.
Para que falar de dor? Pensai em vossa futura felicidade, buscai subir e subir com vossa alma, e quando chegais a viver no Reino, unidos pelo amor e para sempre compreendereis que por amor a vós, Deus vos presenteou com as lágrimas.
24 de Setembro de 1982
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