80. As orações sinceras são agora minhas rosas.
Jesus tinha dezoito anos, José apenas acabava de ir, correto na aparência, mas estava lá a esperar a Jesus com os Santos e os Profetas, e todos os justos.
Jesus foi então um grande consolo para Mim; queríamos muito a José, e éramos, Eu uma criatura, e Jesus Deus, mas também homem, que podia por isso chorar e sofrer como homem.
"Mãe, a vida continua na terra para nós, e para papai José, lá de onde nos olha e nos espera! Vem comigo ao jardim, vamos ver tuas rosas".
Meu roseiral. O Rosário! As orações de coração, não somente recitadas, são minhas rosas de agora, e são atos de amor, orações, fé!
O tempo passava, um, dois, três anos, Jesus tinha vinte anos e Eu começava a pensar quando teria que ir, mas para isso ainda faltava tempo e tinha também dias serenos. Parecia monótona nossa vida aos olhos dos outros, não de todos, pois para muitos era a vida simples daqueles tempos: trabalho, algum descanso...
As palavras entre Jesus e Eu faziam nossa vida intensa. Jesus que vivia como homem, tinha os pensamentos que todos tem: o trabalho e as demais coisas práticas. Como Deus, falava ao Pai e escutava ao Pai. Eleito do Pai para viver entre os homens.
"Mãe, vou ao moinho de azeite, já pus as cestas de carga no burrinho e não se cansará: é ligeiro"
Jesus amava aos animais, isto se pode compreender fácilmente.
"Virá no tempo um homem que amará aos pássaros e aos lobos..." E, no tempo veio Francisco de Assis! Os Santos são aqueles que amaram verdadeiramente a Deus. Os Santos são homens e mulheres que se parecem aos demais, e todos vós podeis fazer-se santos, depende de vós e é difícil.
Buscai sempre serem melhores, não penseis em vossa santidade, mas simplesmente em vossa bondade. Se vos acreditais santos, não sois humildes, se buscais serem bons, poderíeis serem santos: sem pensar em sê-lo!
Quando nasceu Jesus vieram os pastores a olhá-lo, muitos o recordaram por muito tempo, outros se esqueceram daquele menino: eram aqueles que não haviam compreendido quem era...
Muitos esquecem a fé que tiveram na infância: são aqueles que não compreendem sua importância.
Vossa fé deve ser forte: passar muitas provas, e ter mais méritos!... Eu te falo de uma e outra coisa, como entre amigos...
As recordações daquele tempo se alternam: quando Jesus era recém nascido, quando tinha seis anos, quando tinha dezoito anos! E te falo de coisas terrenas: da horta, as rosas, o mercado, nossas ceias...
Eu te falo das coisas do espírito: a última Ceia, as palavras de Jesus para o espírito, os conselhos para o bem do espírito! E falo com alegria a ti, e também a ti que me tens amado sempre, Eu, a Estrela da Evangelização, Eu vossa mãe, Eu a mãe dos Santos, dos Justos e dos outros.
Tenho tantos nomes agora, e sou sempre Eu: a pequena Myriam de Nazaret!
26 de Janeiro de 1982
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