89. Minha vida foi intensa e, ao mesmo tempo, simples.
Meu corpo não podia corromper-se e tampouco podia morrer, já que a morte vem pelo pecado e Eu não pequei jamais. Por graça de Deus e por minha vontade.
Tive um doce sonho, e quando meu corpo subia ao céu, se transformava de corpo material em corpo glorioso.
Eu não conheci a velhice, e os apóstolos não se assombraram, já que sabiam que era a Mãe de Deus. O mundo daqueles que não sabiam e me viam, à miúdo nem sequer sabiam quem era e que idade tinha; outros, intuindo a verdade, a podiam aceitar, porque haviam ouvido falar de Jesus ou o haviam conhecido e sabiam da Resurreição.
Não podia morrer, morri de dor na alma, porque o sofrimento e a dor são morte da alma, no sentido de que depois nada mais pode atrair ou interessar. Na dor por meu Filho, fui Co-redentora da humanidade. Tudo isto por graça e por minha vontade.
Naquele tempo, quando vivia com João, ele se ocupava de Mim e Eu dele, Jesus me o havia encomendado e me havia encomendado a ele. A humanidade, vós todos, sois para Mim como o foi ele o pequeno João de então!
Trabalhava para ele e o cuidava, e ele era verdadeiramente como um filho para Mim, e também os outros Apóstolos me amavam e me escutavam. Quando se fala do Reino, do maravilhoso Reino no qual agora vivo junto a Jesus na luz do Pai e com as criaturas santas, se fala de um lugar ou um estado de ser.
Os lugares são da matéria, no Reino, que é do mundo do espírito, se desloca com a alma ou seja com o pensamento, e com o pensamento se nos cria a imagem de Deus na alma, o lugar não lugar, aonde se deseja estar em nosso estado de ser belíssimo. Ou ao contrário, o inferno é o lugar, não lugar, ou seja, estado de ser da alma em tormento, que sofre em arrependimento não bom, arrependimento egoísta e por tanto ódio pelo que se tem perdido.
E podem chamar-se lugares os estados de ânimo que criam beleza ou dor? É outra vida, outra atmosfera, o espírito não pode ter nada comparável à matéria. A matéria se corrompe, o espírito é incorruptível. A maravilha do Reino prometido não podeis imaginá-la. Vós tendes a esperança e a fé!
Deus, me deu a graça de não saber amar como mulher, amei a Jesus como mãe, a José como irmão e Ele foi para Mim, o irmão queridíssimo, nunca o vi como homem, o vi primeiro como futuro esposo, mas depois de ter visto o Anjo e tê-lo escutado, para mim o ser pura foi normal: devia ser o cálice da Hóstia! Deus nos ajuda com a graça quando a pedimos. Minha vida foi intensa e, ao mesmo tempo, simples. Tantas coisas posso agora contar-vos, sobre tudo, para fazer-vos conhecer pequenas e grandes coisas de Jesus que não conheceis.
Quanto mais se Lhe conhece, mais se Lhe ama!
"Mãe, no tempo muitos me conhecerão e me amarão, e te amarão a Ti, Mamãe..."
Volto a escutar sua voz de menino.
Aqui, no Reino, podemos recordar e voltar a ver o que na terra foi serenidade e paz.
13 de Março de 1982
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