Jesus, nosso único amor

Jesus, nosso  único amor
Olhai sempre por nós

Sejam bem vindos e mergulhem no Amor de Deus por nós!

Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A VIDA DE JESUS, MARIA E JOSÉ NO EGITO - POR MARIA VALTORTA



Eu os sigo, admirando a graça da cena: a Virgem conforma seus passos para acompanhar seu Menino e o Menino ao seu lado dá saltinhos ou passinhos rápidos.

 Vejo como levanta e abaixa os calcanhares cor-de-rosa, com a graça dos passinhos das crianças na areia dos caminhozinhos. Percebo que seu vestido não chega a seus pés, mas apenas na metade da coxa. É lindo, muito simples, e está amarrado à cintura por um cordãozinho também branco.


Vejo na frente da casa, uma cerca viva interrompida por um tosco portão, Maria o abre para percorrer o caminho(um caminho simples, até o extremo da cidade, o povoado, onde o centro habitado termina em campo aberto, que é constituído de areia e alguma casinha, pobre como esta, também com uma simples horta).

Eu não vejo ninguém. Maria olha em direção ao centro, e não ao campo, como se esperasse alguém, então vai a um poste - ou pilar que está a poucos metros acima de um círculo sombreado por palmeiras. E eu vejo que o terreno tem grama verde.

Vejo na estrada um homem, não muito alto, mas robusto. Reconheço-o como José. Vem sorridente. Ele é mais jovem do que quando eu o vi, na visão do Paraíso. Aparenta quando muito quarenta anos. Seus cabelos e barba são grossos e negros, a pele bem tostada e os cabelos escuros. Um rosto honesto e agradável, um rosto que inspira confiança.

Ao ver Jesus e Maria acelera o passo. Traz sobre o ombro esquerdo uma espécie de serra e uma espécie de plaina de carpinteiro e nas mãos, outras ferramentas do ofício, não as mesmas que as de hoje, mas muito semelhantes.

 Parece que está de volta depois ter feito qualquer trabalho em qualquer casa. O vestido dela é de cor avelã e de cor marrom, não muito longo - que abrange apenas um bom pedaço acima do tornozelo - "com mangas curtas até o cotovelo. Leva a cintura um cinto de couro. Acho. É um vestido tipicamente de trabalho. Calçam seus pés umas sandálias cruzadas à altura dos tornozelos.

Maria sorri e o Menino emite gritinhos de alegria enquanto estende seus bracinhos até adiante. Quando se encontram os três, José se inclina para dar à criança uma fruta - pela cor e a forma, eu creio que é uma maçã.

 Logo lhe estende os braços o Menino deixa sua mãe, e está aninhado nos braços de José, inclina a cabecinha para apoiá-a na cavidade formada pelo seu pescoço. José beija Jesus e Jesus beija Jose. Uma atitude cheia de afetuosa graça.

Esqueci de dizer que Maria, diligentemente, tinha tomado as ferramentas de trabalho de José para que ele pudesse abraçar o filho, sem qualquer impedimento.

Então José, ficou de cócoras para tomar nos braços Jesus e se levanta novamente. Pega suas ferramentas com a mão esquerda e segura o menino Jesus mais perto de seu peito com a mão direita robusta, e se dirige para a casa enquanto Maria vai até a fonte para encher a sua ânfora.

Entrando no recinto da casa, José coloca o Menino no chão, pega o tear de Maria e o leva para casa, depois ordenha a cabra. Jesus observa atentamente estas operações, como também o fechamento da cabrita num quartinho feito em um dos lados da casa.

Se põe a tarde. Vejo o roxo do ocaso fazer-se violáceo, sobre a areia que parece tremer no calor, e a pirâmide parece mais escura.

José entrou na casa, em uma parte que deve ser a cozinha, oficina e sala de jantar, ao mesmo tempo. É visto que o outro quarto é para descansar, mas nele eu não entro. Há uma luz fraca ligada. Há uma bancada, uma mesa pequena, algumas banquetas, algumas prateleiras onde tem os pratos e copos, tem  também duas lâmpadas de óleo. Em um canto, o tear de Maria. E... muita, muita ordem e limpeza, é uma casa muito pobre, porém é limpíssima.

Quero fazer esta observação: em todas as visões que dizem respeito à vida de Jesus, tenho notado que Ele e Maria, como José, como João, estão sempre em ordem e limpos; vestidos modestos, penteados simples, mas tão limpos que os faz parecerem nobres.

Maria volta com a ânfora. Chegou rápido o crepúsculo. Fecham a porta. Uma lamparina que José colocou na sua bancada, dá clareza para o cômodo, abaixa-se sobre ela, e continua trabalhando em pequenas mesas. Enquanto isso, Maria prepara o jantar. O lume também ilumina a sala. Jesus, com suas mãozinhas apoiadas no banco e com a cabecinha olhando para cima, observa o que faz José.

Logo se sentam à mesa depois de ter rezado. Não fazem - é claro - o sinal da cruz, mas rezam, José conduz a oração, Maria responde. Eu não entendo as palavras. Deve ser um salmo. Dizem em uma linguagem que é totalmente desconhecida para mim.

Eles se sentam para jantar. Agora, a lamparina está na mesa. Maria tem Jesus no colo e dá-lhe de beber leite de cabra e molha no leite algumas fatias de rabanadas de pão pequeno, de forma arredondada, de casca e miolo duros. Parece um pão feito com centeio e cevada. Tenho muita lembrança, é claro, porque é pão integral.

 Enquanto isso, José come pão e queijo: uma fina fatia de queijo e muito pão. Então Maria  senta Jesus em uma banquetinha que fica ao lado da mesa e traz um pouco de legumes cozidos - Eu acho que eles são cozidos e temperados na forma como fazemos normalmente - e, depois de servir José, também as come Ela.

 Jesus mordisca tranquilo sua maçã, e descobre sorrindo seus dentinhos brancos. O jantar termina com algumas azeitonas e tâmaras. Não tenho certeza, porque, para ser azeitonas, são muito claras, mas para ser tâmara são muito duras. Vinho, nada. É um jantar de gente pobre.

Porém tanta é a paz que se respira nesta habitação, eu não poderia dar a mesma visão de nenhum palácio pomposo. E quanto a harmonia!


Jesus esta tarde não fala. Não me explica a cena. Seu ensinamento é só o dom da visão. Bendito seja sempre e igualmente por isso.

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