Jesus, nosso único amor

Jesus, nosso  único amor
Olhai sempre por nós

Sejam bem vindos e mergulhem no Amor de Deus por nós!

Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

domingo, 11 de abril de 2010

TEMPO PASCAL - ALEGRIA DA RESSURREIÇÃO

Continuação da História da vida de São João Nepomuceno Newmann


Da mesma forma as seitas tão numerosas na América exerceram a paciência do vigário. Por desprezo e aludindo á sua pequena estatura chamavam-no de “vigarinho”. Certo dia, em pleno vigor de inverno, precisava nosso homem ir a um lugar distante para celebrar a Santa Missa. No caminho encontra-se com um carro onde ia uma família menonita. Os hereges convidaram-no a subir. Apenas o tinham lá dentro, começaram as tentativas de convertê-lo. Na despedida combinaram a realização de uma conferencia em casa do pregador da seita. Chegado o dia e aberta a conferencia, perguntou Neumann se o Espírito Santo podia contradizer-se. Negaram-lhe tal possibilidade. Feito o que provou-lhes o vigário que as Bíblias se contradiziam. No decurso da controvérsia os hereges afirmaram ter a iluminação do Espírito Santo. No auge da discussão levanta-se um deles e diz ser sua vida prova da verdade da afirmação feita. Pois antes de receber o Espírito Santo era um ladrão de cavalos e vacas, caloteiro nos negócios, etc. Depois da conversão largara tudo isso.

― Ouvistes, senhores ― replica Neumann ― o pregador confessa ter sido ladrão de cavalos. Pergunto-vos agora: “Já restituiu ele os cavalos roubados?”
― Não, não; nada restituiu até hoje ― foi a resposta geral. Continua roubando como dantes.
Chegada a tal ponto a conferencia, optaram os protestantes pela retirada e abandonaram a sala, um após outro. Daí em diante o “vigarinho” teve sossego. A muitos dos hereges teve o consolo de converter para a religião católica, êxito que mais se deve atribuir ás suas penitencias e orações que a outras diligencias.

No meio de seus contínuos trabalhos pela salvação do rebanho do Senhor em nada se descurava-se de sua própria santificação. Demonstram-no os propósitos que então tomou.
1. Quero antes de tudo rezar o Breviário todos os dias “de joelho e com devoção”, o mais possível na hora marcada;
2Quero fazer pontualmente a preparação para a Santa Missa, assim como a ação de graças;
3. Quero comer só uma vez por dia, ao meio dia ou á noite;
4. Farei a visita ao Santíssimo todas as tardes;
5. Hei de preparar-me melhor para os sermões;
6. Não falarei nunca sem necessidade e piedosa intenção; o mais possível nunca perderei a paciência;
7. Vigiarei bem sobre os meus sentidos e pensamentos.
Julgando descobrir em si alguma vestígio de avareza, fez na véspera da festa de S. Pedro de Alcântara o voto de pobreza e mais adiante lemos nos seus apontamentos; “A construção da escola (em Williamsville) correrá por minha conta.

Por teu amor, ó Jesus, não quero reservar-me nada. O voto de pobreza que fiz secundará meus intentos e verei se foi sincero o meu propósito”. Comprou também com seu dinheiro os moveis para a escola
Chorava sempre seus pecados. Só Deus sabe quantas lagrimas derramou e quantas austeridades praticou por penitencia. “Sem cessar quero chorar meus pecados, mesmo que perca a luz dos olhos” ― são palavras suas.
Não o havia abandonado o pensamento de internar-se num longínquo deserto. “Para fugir a terrível responsabilidade a respeito do meu rebanho ― diz ele ― julgava meu dever retirar-me a alguma remota soledade, onde pudesse levar uma vida oculta e penitente, ou trabalhar como desconhecido jornaleiro.”

Ao lado deste zelo e fervor, andava sua alma em trevas de desolação e muito sentia o santo vigário tal abandono. Como sacerdote não podia tolerar esta falta de luz, fazendo-se a si mesmo as mais amargas acusações de ter deixado ao Senhor, correndo atrás de Baal.
Julgava-se a causa de todos os males que se faziam na paróquia. Daí a força dos pensamentos sobre a retirada para um deserto.
No entanto Deus estava preparando aquela alma para altos planos de sua Providencia. Queria tirá-lo do mundo e depois elevá-lo ao trono de bispo.

3. Missionário redentorista

As incessantes fadigas do apostolado haviam abalado a saúde de ferro do vigário. Pela Páscoa do ano de 1840 esteve durante três meses atacado por uma pertinaz febre intermitente. Logo que se restabeleceu dirigiu-se a Rochester para passar alguns dias em companhia do Redentorista padre Senderl. Cada vez mais intimas iam se tornando essas relações com os bons amigos Redentoristas. No outono do mesmo ano resolveu-se Neumann a entrar na Congregação.

Sobre a origem de sua vocação escreve ele o seguinte: “Durante quatro anos havia trabalhado para infundir nos meus paroquianos o mesmo fervor que havia notado nas paróquias de Rochester. Debalde. De um lado isso e de outro o natural desejo ― ou melhor sobrenatural ― de viver numa sociedade de sacerdotes, para não me achar tão sozinho entre os mil perigos do mundo, fizeram nascer em mim o desígnio de entrar na Congregação do Ss. Redentor.

No mesmo dia 4 de setembro escrevi ao Superior padre Prost, pedindo a admissão. Recebi esta graça por carta do dia 16, na qual me vinha a ordem de partir para Pittsburg. Com a carta na mão participei ao exmo. sr. Bispo a resolução que tomara e pedi-lhe ao mesmo tempo a santa bênção. Com muito pesar e somente após demorados processos concedeu-me finalmente as dimissórias.”
A 18 de outubro chegava padre Neumann a Pittsburg, recebendo a 29 de novembro o santo habito das mãos do padre Prost. Foi o primeiro noviço aceito na América do Norte. Feliz presságio! Um mês mais tarde batia á porta do convento um outro moço: queria ser irmão leigo. Era Wenceslau o já conhecido cozinheiro, mestre-escola e sacristão do nosso padre. Esse irmão faleceu em 1896 depois de uma vida bem edificante. Os redentoristas, enviados pelo padre Passerat, exerciam seu ministério no Novo Mundo desde o ano de 1832. Longe levaria referir as peripécias do começo.

Não conseguiram fundar uma casa canônica e já pensavam em regressar para a Europa. Animou-os todavia o venerável velhinho e homem de Deus, padre Passerat, garantindo-lhe para o ano da canonização de Santo Afonso a fundação da primeira casa americana. E foi profeta. De fato em 1839 era canonizado Afonso de Liguori em Roma, e na América estabelecia-se a primeira comunidade redentorista em Pittsburg.
Padre Neumann começou seu noviciado em Pittsburg e terminou em Baltimore. Não era possível a existência de um noviciado regular perante as excepcionais condições, em que então se achava a Congregação na América. Seguidamente viam-se os Superiores obrigados a empregá-lo nos ministérios apostólicos. Seu Mestre tinha de se ausentar freqüente e demoradamente. Nos seus apontamentos diz-nos padre Neumann: “Naquele tempo não havia noviciado nem Mestre de noviços na América. Em troca havia muito trabalho. Eu fazia com os outros irmãos leigos as duas meditações de cada dia, os exames de consciência, a leitura espiritual, a visita ao Santíssimo e rezava o rosário: era tudo.”

Mais tarde, como Bispo, escreveu a seu sobrinho recem-entrado para a Congregação: “Eu nunca fui um verdadeiro noviço. Pois quando entrei em nossa Congregação não havia nem noviciado nem Mestre de noviços na América do Norte. No entanto fiz as minhas experiências e fiquei conhecendo muitas tenta-ções com que o velho inimigo assalta os recrutas de Santo Afonso. As enfermidades da alma são tão numerosas como as do corpo e para perseverar não há meio melhor do que pedir á Senhora a santa perseverança, manifestando sempre, sem demora ao diretor espiritual as diversas tentações.”

O fervor do noviço supria á falta de um bom noviciado. Chegava ao heroísmo seu amor á pobreza. Em Rochester alojava-se debaixo da escada com uma mezinha e fragílima cama. Tratava-o com dureza o padre Mestre e repetidas vezes lhe dizia: “Volte para as suas estações; o sr.. não agüenta os incômodos conosco.” O fervoroso noviço padecia muito com tal linguagem, mas calava suportando com paciência todos esses tratos. Aos 16 de janeiro de 1842 foi Neumann admitido aos votos. Em verdade um homem novo ― observa o cronista da casa, fazendo alusão ao nome do neo-professo.
Feita a profissão permaneceu Neumann em Baltimore para atender juntamente com o jovem padre Frey aos quatro mil católicos alemães espalhados pela populosa cidade. Pastoreavam ao mesmo tempo umas dez estações situadas nos Estados de Maryland, Virginia e Pensylvania. A distancia de Baltimore regulava 20, 10 até 40 léguas. Acostumado a esse gênero de apostolado visitava padre Neumann com freqüência os pobres e bons católicos, desprezando os mil incômodos e privações inerentes na-quela época ás viagens longas.

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