Em Lourdes fazia muito frio, Bernardete sempre teve as mãos cheias de frieiras... seu olhar atônito, firme sobre minha imagem e sobre meu rosto.

202. - Na gruta de Massabiéle há uma rosa para vós, a entregarei à vós com o sorriso que sempre tenho para vós, que viveis as horas da saudade.

Em Lourdes fazia muito frio, Bernardete sempre teve as mãos cheias de frieiras... seu olhar atônito, firme sobre minha imagem e sobre meu rosto.

"No entanto, não me acreditaram! Eu a vejo! Olha-me, sorri-me... "

As aparições! Verdadeiras, não visões como algumas e outras que, se no tempo são esquecidas, significa que não foram verdadeiras. A verdade fica, às vezes escondida, às vezes animada, mas sempre triunfa. Não podem os homens parar o que é muito maior que eles.

Na gruta de Massabiéle há uma rosa para vós, Eu, Myriam, a entregarei à vós, com o sorriso que sempre tenho para vós.

Para vós, que viveis as horas da saudade, para vós que haveis sofrido, para vós que me ofereceis e ofereceis a Jesus as lágrimas. Vós, tu, tu e também tu. Cada um se reconhece em meu dizer. Sempre estão convosco. Jesus vos desejou para Mim.

Eu nasci naquela terra longínqua, vivi ali e não conheci outra: agora me parece ter vivido em todas as partes, já que onde vá tenho meus filhos.

O suplício da Cruz, aquela dor que iniciou quando Jesus saiu de casa e culminou com a dor por aquele seu sofrer. Quando saiu de casa meu padecer não foi pela separação, mas porque sabia que o tinha perdido como filho, como ser humano vindo de Mim, nunca o perdi como Deus!

Deus não abandona a ninguém. Disse-me: "Mãe, minha hora  chegou..." Sabia que tinha chegado aquela hora. Sabia que Jesus não era somente um homem. Era meu Filho... E pensava n'Ele quando cansada percorria aquelas ruas...

Por que Eu  apareci mais a miúdo? Por que não Jesus? Eu sou o caminho entre Ele e vós. Su Madre, Mãe de Deus e criatura humana como vós.

"Como será aquela vida da qual me prometes tanta beleza?"

"Bernardete, será a vida que Meu Filho  prometeu e para dá-la a muitos  sofreu muito".

Na gruta fazia frio, mas Bernardete naqueles momentos sentia já a vida que depois haveria de viver, que agora vive! E ainda me disse: Minha linda senhora!

11 de julho de 1985