183- Em Jerusalém sempre ia olhar aquele horto onde Jesus chorou lágrimas de sangue.
Esta realidade de minha presença viva e que pensa em vós e para vós, deve fazer-vos conscientes desta graça: um presente grandíssimo de meu Jesus.
A vós, me enviou, para dar-vos certezas. Nós compreendemos a humanidade e sua debilidade. Minha maternidade foi causa de grandes alegrias e grandes dores.
Quantas maternidades felizes e dolorosas. Ao fim da vida, no princípio da Vida se terão ainda e somente maternidades felizes.
Vivo com meu Filho e vos olhamos e sempre vós sentis uma paz indescritível: é nosso sorriso para vós, almas, filhos e irmãos queridos. Em Jerusalém sempre ia ver aquele horto onde Jesus chorou lágrimas de sangue e retornam aquelas lágrimas nas efígies para demonstrar ao mundo uma verdade.
Jesus desde a glória recorda Sua dor. Dor humana e divino. Paulo de Tarso, ao regressar cada vez de longe, vinha onde nós, estava verdadeiramente afeiçoado e nós muito com ele: "Senhora, regressar a ti é como regressar para nossa casa...”
“Paulo, pensa quão doce será regressar à verdadeira casa..."
A verdadeira casa! Pode ser como cada um a sonhou. Aqui no Reino cada sonho se faz realidade. Por tanto, sempre revivo horas felizes, horas que não são senão meus estados de ânimo, na pequena casa.
Vejo de novo o roseiral, o berço de Jesus, escuto o arrulhar de minhas pombinhas...
E me vejo de novo na primeira Missa. Tremia meu coração de alegria e ao mesmo tempo de pranto: "Senhora, Ele retornou vivo no meio de nós!" "Simão, regressará cada dia pelos séculos..."
Ele retornou a vós, jamais vos deixou e quando um de vós retorna a Ele, cantam os anjos no céu e é grande nossa felicidade por aquele que retornou. Retornou à Eucaristia, retornou a Jesus!
No jardim tudo era amor revelado na manhã desta minha lembrança: as pombinhas arrulhavam, as rosas tinham pétalos de seda, a terra estava perfumada de erva e de menta, a brisa era suave e o sol tíbio:
"Mãe, o Paraíso pode ser também num jardinzinho florido..." Jesus tinha os pés desnudos nas sandálias, fixei o olhar em seus pézinhos dourados pelo sol: "Quem sabe as pegadas que deixarão aqueles pés..."
Assim pensei, Quase por intuição, vi um caminho cinza... As pegadas de seus pés, o caminho justo que ia percorrer, o caminho árduo, o caminho do amor, o caminho ds dor, o caminho do sacrifício.
Ao Paraíso não se chega sem lágrimas, mas se transforman en tanta felicidade.
1 de Fevereiro de 1985
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