Jesus, nosso único amor

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Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

NATIVIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - POR MARIA VALTORTA





Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo


(Postado em 06 de junho de 1944)



Vejo o interior do abrigo da gruta pobre que compartilham Maria e José com os animais.A pequena fogueira está prestes a apagar-se como quem vigia a ponto de acabar dormindo. Maria levanta a cabeça da espécie de cama e olha.

Vejo que José tem a cabeça inclinada sobre o peito como se estivesse pensando, e está confiante de que o cansaço venceu o seu desejo de permanecer acordado. Que formoso sorriso lhe aflora os lábios! Fazendo menos barulho do que uma borboleta indo pousar em uma rosa, senta-se e, em seguida se ajoelha. Ora. E um sorriso de bem-aventurada lhe enche o rosto.

 Reza com os braços abertos em forma de cruz, mas com as palmas voltadas para cima e para frente, e parece não se cansar com esta posição. Então ela se curva para o feno e reza mais intensamente. Uma longa oração.


José acorda. Vê que o fogo está quase desativado e está quase escuro. Toma algumas lenhas. A chama acende. Pega mais alguns galhos grossos, e depois os outros, porque o frio deve ser agudo. Uma noite fria de inverno, que penetra em todas as partes das ruínas.

 Pobre José, como está perto da porta - se podemos chamar a entrada, em que seu manto funciona como uma porta - deve estar congelado. Põe suas mãos perto do fogo. Ele tira seus sapatos e põe os pés perto  do fogo. Quando   vê que esta indo bem e já esquentou o suficiente, se volta. Ele não vê nada, nem mesmo o véu branco de Maria, que antes era uma linha clara no feno escuro. Ele se levanta e caminha lentamente até onde está Maria.

"Vocês não dorme? "Ele fala. E três vezes ele repete, até que ela estremece e diz: "Eu estou rezando. "

"Você precisa de alguma coisa? "

"Nada José. "

"Tente dormir um pouco. Ao menos descansar. "

"O farei.Porém orar não me cansa. "

"Boa noite, Maria. "

"Boa noite, José".

Maria retorna para sua antiga posição. José, para não ser derrotado novamente pelo sono, ajoelha-se perto do fogo e reza. Ora com as mãos cruzadas sobre o rosto.

 Movimenta-se algumas vezes para adicionar o combustível ao fogo e em seguida, retorna à sua fervorosa oração. Fora o som crepitante da madeira, e o jumentinho que às vezes bate a pata no chão, nada mais é ouvido.

Vejo um raio de luar através de uma rachadura no teto e se parece com fio de prata que procura Maria. Se alonga, como a lua sobe do alto céu e, finalmente, a alcança. Agora ele está sobre a sua cabeça em oração. Como auréola de sua candura.

Maria levanta a cabeça, como se do alto alguém a chamasse e se ajoelha novamente. Oh, como é bonito aqui! Levanta sua cabeça que parece brilhar com luz branca da lua, e um sorriso sobre-humano transforma seu rosto.

 O que está vendo? O que ouve? Que coisa experimenta? Só Ela pode dizer o que eu viu, sentiu e experimentou nas horas felizes de sua maternidade. Eu só vejo em volta a luz que aumenta, aumenta. Parece como se baixasse do céu, parece que as coisas pobres sumiram ao seu redor,e tudo parece como se d'Ela procedesse.

Seu vestido azul escuro, agora parece ter uma suave cor de miosotis, as mãos e o rosto parecem tomar a cor de uma safira azulada intensamente pálida posta ao fogo. Esta cor, ainda me lembra, apesar de muito tênue, as visões dos santos no paraíso, que eu vi na visão, quando os Magos vieram, espalha-se mais e mais sobre todas as coisas, as vestes , as purificam, as tornam brilhantes.

A luz emana cada vez com mais força do corpo de Maria que parece que absorveu a luz da lua, parece que ela atrairia para si mesmo tudo que poderia vir de cima. Ela é a guardiã da Luz. Será a Luz do mundo.

 E essa bem-aventurada, incalculável, imensurável, divina Luz que está para dar-se, se anuncia como a aurora, uma alvorada, um coro de átomos de Luz que aumenta, aumenta igual a maré, que sobe, sobe como incenso, que são como uma avenida, que se estende como um véu ...

A abóbada, cheia de buracos, teias de aranha, escombros que milagrosamente balançam no ar e não caem: o teto preto, fumaça, mau cheiro, parece a abóbada de uma sala real. Qualquer pedra é de prata maciça, qualquer buraco são opalas a brilhar, qualquer teia de aranha é um preciosíssimo baldaquim tecido de prata e diamantes.

Um lagarto que está entre duas pedras parece um colar de esmeraldas que uma rainha deixou lá, e uns morcegos parecem como uma bonita lareira de ônix. O feno que sai da parte superior da gruta, não é mais herva, é fio de prata pura que se balança no ar como um balançar de cabelos soltos.

O presépio é em madeira preta, um bloco de prata polida. As paredes são cobertas com um brocado em que o candor da seda desaparece ante o recamo de pérolas em relevo; e o chão ...? Que é agora? Um cristal aceso com luz branca, as saliências parecem rosas de luz tiradas como homenagem à Ele, e os buracos, cálices preciosos de onde brotam aromas e perfumes

A Luz cresce mais e mais. É irresistível para o olho. Em meio a tudo isso desaparece, como absorvida por um véu de incandescência, a Virgem ... e dela emerge a Mãe.

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