Jesus, nosso único amor

Jesus, nosso  único amor
Olhai sempre por nós

Sejam bem vindos e mergulhem no Amor de Deus por nós!

Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

AMEAÇAS DOS INIMIGOS E ÁGAPE APÓS A RESSURREIÇÃO DE JESUS

7. Ameaças dos inimigos.

No domingo seguinte, se não me engano, vi os judeus começarem a limpar, a lavar e purificar o Templo. Encheram o chão de flores e cinza de ossos de mortos e ofereceram sacrifícios de expiação; tiraram os escombros, fecharam as aberturas com tábuas e tapetes e fizeram depois as cerimônias da Páscoa, as quais na própria festa não tinham podido completar.

Proibiram, porém, todos os boatos e murmúrios, explicando a interrupção da festa e as destruições no Templo como conseqüência do terremoto e da presença de pessoas impuras durante o sacrifício; citaram um trecho de uma visão do profeta Ezequiel, sobre a ressurreição dos mortos, não sei mais como a aplicaram a esse fato. Demais ameaçaram com penas e excomunhão. Assim reduziram todos os silêncios, pois muitos se sentiam culpados, como cúmplices do crime. Contudo conseguiram acalmar realmente apenas a grande multidão, endurecida no pecado e já perdida; a parte melhor do povo converteu-se silenciosamente nessa ocasião e abertamente na festa de Pentecostes e mais tarde na sua terra, ao ouvir a pregação dos Apóstolos.

Os Sumos Sacerdotes tornaram-se por isso cada dia menos arrogantes e o número dos fiéis aumentou, de modo que já nos dias do Diácono Estevão, todo o bairro de Ofel e a parte oriental de Sião não podia mais conter a multidão da comunidade de Jesus Cristo e os cristãos construíram as cabanas e tendas além da cidade, através do vale de Cedron, até Betânia.

Vi naqueles dias o Sumo Sacerdote Anás como que possesso do demônio; puseram-no em reclusão e não apareceu mais. Caifás estava desvairado de secreto furor.

Na quinta-feira depois da Páscoa, vi Pilatos procurar a esposa, mas em vão. Estava escondida em casa de Lázaro, em Jerusalém. Ninguém imaginava que estivesse ali, pois naquela ocasião não se encontravam mulheres no edifício, só Estevão, o discípulo que ainda não era conhecido como tal, entrava e saia de vez em quando da casa, levando-lhe comida e dando-lhe notícias e preparava-a para a conversão. Estevão era primo de Paulo. Simão de Cirene procurou depois do sábado os Apóstolos, pedindo admissão e o batismo.

8. Ágape após a ressurreição de Jesus.

(*Ágape: Refeição que os primitivos cristãos faziam em comum. Refeição entre amigos.)

Nicodemos, preparou uma refeição para os Apóstolos, as mulheres e uma parte dos discípulos, sob as colunatas abertas, no vestíbulo do Cenáculo. Depois do meio-dia ali se reuniram dez dos Apóstolos; Tomé retraíra-se arbitrariamente, afastando-se um pouco dos outros. Tudo quanto se fez ali foi para cumprir a vontade de Jesus que na ceia pascal se sentara entre Pedro e João, revelando-lhes diversos mistérios do SS. Sacramento e fazendo-os depois sacerdotes; ordenou-lhes também que ensinassem essas verdades aos outros, juntamente com as doutrinas anteriores a esse respeito.

Vi primeiro Pedro e João, no meio dos outros oito Apóstolos, comunicando-lhes os mistérios que Jesus lhes confiara; explicaram-lhes também a doutrina do Senhor a respeito do modo de administrar este Sacramento e de ensiná-lo aos discípulos. Vi que, de uma maneira sobrenatural, tudo quanto Pedro ensinou, foi dito também por João. Todos os Apóstolos estavam revestidos das vestes brancas de cerimônia, sobre as quais Pedro e João haviam colocado nos ombros uma estola, cruzada no peito e segura com um gancho; os outros Apóstolos traziam uma estola sobre um ombro, a qual, passando pelo peito e as costas, cruzava debaixo do outro braço e era segura por um gancho. Pedro e João eram sacerdotes, ordenados por Jesus, os outros eram ainda diáconos.

Terminada esta explicação, entraram na sala também as santas mulheres, em número de nove; Pedro falou-lhes e ensinou-lhes. João, Porém, foi receber na casa do despenseiro, perto do portão, dezessete dos mais provados discípulos, que estiveram mais tempo com Jesus. Entre esses estavam: Zaqueu, Natanael, Matias, Barsabás e outros. João serviu-os no lava-pés e na vestição; vestiram longas vestes brancas e cintas. Depois da explicação da doutrina, Mateus foi enviado por Pedro à Betânia, para ensinar a muitos outros discípulos, durante uma refeição semelhante, em casa de Lázaro e fazer tudo o que os Apóstolos tinham feito no Cenáculo.

A refeição foi realmente um banquete. Rezaram em pé e comeram deitados sobre os leitos e durante a refeição Pedro e João ensinaram. No fim do banquete foi colocado em frente a Pedro um pão delgado e estriado, que ele partiu nas partes marcadas e subdividiu cada parte mais uma vez. Depois mandou passar esses bocados, em dois pratos, por ambos os lados da mesa. Passou também de mão em mão um grande cálice, do qual todos beberam. Se bem que Pedro benzesse o pão, não era contudo o SS. Sacramento, mas apenas um ágape*(refeição); Pedro disse ainda que ficassem unidos, como era um só o pão que os alimentara e o vinho que beberam. Depois se levantaram todos e cantaram salmos.

Tiradas as mesas, as santas mulheres formaram um semicírculo, na extremidade da sala; os discípulos colocaram-se de ambos os lados e todos os Apóstolos andavam de um lado para outro, ensinando e revelando a esses discípulos mais provados o que lhes podiam comunicar sobre o SS. Sacramento. Pareceu-me ser a primeira explicação do catecismo depois da morte de Jesus. Vi também que depois apertaram as mãos uns aos outros, declarando ardentemente que queriam ter tudo em comum, dar tudo uns aos outros e ficar todos unidos.

Então vi em todos uma grande comoção. Talvez tivessem sentido só interiormente o que vi exteriormente: pois vi-os, no meio de uma luz brilhante, fundirem-se uns aos outros e tudo formou afinal um templo de luz, em que apareceu a SS. Virgem como cume e centro de todos. Até mesmo vi que toda a luz emanava dela para os Apóstolos e destes voltava, pela SS. Virgem, ao Senhor. Era uma imagem das relações recíprocas entre os presentes.

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