Jesus, nosso único amor

Jesus, nosso  único amor
Olhai sempre por nós

Sejam bem vindos e mergulhem no Amor de Deus por nós!

Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

sábado, 13 de março de 2010

QUARESMA - SÉTIMA PALAVRA DE JESUS NA CRUZ

1ª parte de 3


A Grande Cruzada de Amor e Misericórdia - Do Sinai ao Calvário

Sétima Palavra
Depois de refletir sobre esta palavra anterior de Jesus na Cruz, compreendo que a todos os cristãos a cruz nos seguirá como se fosse parte de nossa própria existência. Mas também percebo que nem todos somos capazes de despertar, de desenterrar o Cristo que permanece dormindo dentro de nós

Muitos vivemos chorando nossas pequenas ou grandes cruzes, pensando que o que nos coube viver é o mais triste, o mais doloroso, o que ninguém a não ser nós seria capaz de suportar... E o pior de tudo é que cremos que Deus se esqueceu de nós, que não nos escuta ou que está brabo conosco.

No entanto, não é assim. Jesus disse que o conhecimento que tem de nós, especialmente dos mais doloridos, dos mais sofridos, dos mais fracos, faz com que Ele ame, preferencialmente, ao mais pobre e ao que mais precisa dEle.

Se apenas estivéssemos conscientes de que os mais necessitados não são os indigentes, mas em geral os que têm tudo menos Deus, então nossos caminhos se dirigiriam a essas pessoas, qu ena verdade, sendo os mais ricos, muitas vezes são os mais pobres.

Não é tão difícil chegar até o indigente e convencê-lo de que confie em Deus, pois em geral essas pessoas têm o coração muito aberto para a Fé, e umas palavras, um simples gesto de amor, muitas vezes são suficientes para lhes mostrar o caminho para o Pai. O difícil é confencer o homem que, por ter tudo, ou por ter feito do pecado a razão de sua vida, está certo de não precisar de mais nada...

Este é o trabalho mais duro para os evangelizadores, quando têm que se enfrentar com a soberba, que é como lidar diretamente com o príncipe deste mundo, solapadamente escondido no interior de um pobre homem rico, mas necessitado do amor de Deus.

Quanto bem nos faria meditar de vez em quando sobre a Paixão de Jesus, sobre a dor da Santíssima Virgem que, junto a Ele, sofreu o martírio dos martírios, ao ver Seu Senhor e Seu Filho, crucificado pelos homens no Calvário...

E no entanto, foi capaz de nos deixar o melhor dos testemunhos, pois com Seu infinito Amor e Sua absoluta Obediênca ao Pai, suportou humildemente a crua dor de ver morrer em espantosa agonia o Seu Filho. Ainda mais: encarregou-se da humanidade como Mãe, quis - em outras palavras - projetar em nós o Amor por Seu Filho. Deveria sofrer como se fosse pecadora, junto a Seu Filho, sendo inocente como Ele, e tudo para que se cumprisse, também nEla, a Vontade do Pai.

Jesus disse que é por este amargo momento que se representam os dois Corações unidos (símbolo de nossa espiritualidade apostólica, assim como de muitas outras comunidades e apostolados), porque se uniram através da dor: no Gólgota foram um só Coração ferido, dois Corações que se atravessaram para se transformar em um. Um só Coração, no sentimento de dor pelo sofrimento, e um só Coração no sentimento de Amor, por obedecer ao Pai e por salvar o homem.

Agora me veio a necessidade de explicar aos leitores algo que, em princípio, parecia não ter muita importância, mas que no entanto encerra um ensinamento crucial do Senhor para todos nós.

Muitos de vós, queridos irmãos, tereis vos perguntado por que aparece Moisés na capa deste livro. Para entrar no tempo preciso primeiro esclarecer-vos que jamais sou eu quem põe o nome a um destes livros, e que para escolher a capa, fazemos muita oração, pedindo ao Senhor que nos assista na escolha.

Jesus me disse numa noite de sexta-feira:

"Aproximam-se as trevas para o mundo, mas quem vive abraçado à Minha Cruz, nada deve temer. Por isso o homem não deve se contentar em olhar uma imagem Minha ou ir a uma procissão de Sexta-feira Santa, mas deve procurar ter Meus próprios sentimentos: perdoar como Eu perdoei e pedir perdão como Eu fiz. Calar diante das infâmias, como calei diante de Pilatos e, no entanto, sentir um zelo corajoso para ser capaz de tirar com um chicote os mercadores do Templo de Deus. Viver para fazer a Vontade do Pai, como Eu vivi. Amar até dar a vida pelos outros. Permitir que triturem seu corpo e com alegria dar-se em alimento, para que outros se alimentem com esse pão."

Depois de minha oração eu estava meditando e pensava em Moisés. Sempre me marcou muito sua missão, sua vida... Logo se abriu diante de meus olhos esse espaço que muitas vezes se abre para me permitir contemplar uma cena, longe do lugar em que estou. Tinha diante de mim a cena da Transfiguração e ao vê-la me perguntei: Por que Moisés e Elias? E pensei que seria Elias pela força do "Profeta de fato", de que Jesus precisaria para enfrentar o que, como Homem, teria que viver.

Mas ao ver Moisés, meu limitado conhecimento não conseguia compreender o que ele fazia ali. Foi como se uma luz me iluminasse por dentro e, no que considero poucos minutos, passaram dezenas de imagens intercaladas diante de mim.

Moisés, saindo sozinho do Egito... e depois Jesus recebendo o batismo no Jordão.

Moisés descendo da Montanha, depois de ter recebido o encargo de tirar o povo de Deus do cativeiro do Faraó... e depois Jesus, escolhendo os doze apóstolos, ensinando, curando, perdoando, vivendo entre Seu povo.

Moisés tirando seu povo do Egito... e depois Jesus pregando no Monte das Bem-Aventuranças o chamado à conversão e anunciando o Reino de Deus.

Moisés passando pelo Mar Vermelho... e depois Jesus devolvendo a vista aos cegos, fazendo falar os mudos, caminhar os coxos; ressuscitando os mortos.

Moisés comendo com seu povo o maná que Deus lhes enviava do Céu para que não morressem de fome, enquanto caminhavam para a terra prometida... e depois Jesus com Seus discípulos, ceando pela última vez com eles e instituindo a Eucaristia, para permanecer conosco; entregando-nos Seu Corpo e Seu Sangue para nos alimentar e salvar da morte eterna.

Mas vi que Jesus nesse momento não estava sozinho com Seus Apóstolos. Logo aquele lugar se tornou imenso, abrangia tudo o que meus olhos podiam ver e junto deles, uns sentados em cadeiras de rodas ao lado dos Apóstolos e os outros de pé atrás de Jesus e Seus discípulos, centenas, milhares de sacerdotes, revestidos com uma túnica branca e estola de cor vermelha, com a mão direita estendida para o lugar em que Jesus elevava o pão, repetiam com o Senhor as palavras da Consagração.

A voz de Jesus me disse: "Cuidai de Meus irmãos, porque através deles permanecerei convosco até o fim dos séculos".

Então voltei a ver Moisés no Monte Sinai, descalço porque assim lhe tinha ordenado o Senhor, de joelhos, tremendo ao contemplar o dedo de Deus escrevendo os Dez Mandamentos para os homens... e então vi novamente Jesus no Horto do Getsêmani, de joelhos, vendo e assumindo todos os nossos pecados, contemplando o que lhe esperava sofrer por nós homens, tremendo e suando sangue.

Novamente voltou diante de meus olhos a Última Ceia, Jesus com Seus Apóstolos e todos os sacerdotes, repetindo as Palavras da Consagração. Jesus olhou para mim um momento e me disse: "Eu sou o Pão da Vida e estes - ergueu as duas mãos como querendo abarcar a todos - são os que Me dão aos homens como alimento de Vida Eterna."

Nesse momento todo meu corpo tremia diante da majestade do que estava presenciando e entendendo. Escondi meu rosto entre as mãos, chorando... e depois de um tempo, talvez minutos mas que me pareceram horas, levantei o rosto e voltei a ver o anterior:

Vi Moisés erguendo no alto um pau com uma serpente talhada, para curar com ela os que eram mordidos pelas víboras... e depois Jesus, levantado diante de mim, na Cruz, para curar a alma dos que seriam mordidos por satanás e envenenados com o pecado.

"Recorda o que te disse no início - repetiu-me o Senhor - que se aproximavam horas de trevas para a humanidade, que sacudirão as instituições e com elas as pessoas. Também Minha Igreja terá que atravessar esse caminho doloroso que já se iniciou, porque assim está escrito. 'O Pastor será ferido e se dispersarão as ovelhas...' Mas recordai que venci o mundo."

Outra vez contemplei a última Ceia diante de mim. Todos aqueles sacerdotes tinha o rosto transfigurado, com o mesmo rosto de Jesus. Então se fez a escuridão total diante de mim, e ouvi a voz do Senhor, muito triste, quando dizia: "Judas, o que tens que fazer, fá-lo já!..."

Voltou a imagem, mas nesse momento, junto com um dos discípulos, saíam muitos desses sacerdotes, atropelando-se, correndo, já não com o rosto brilhante e sereno de Jesus, mas com seus próprios rostos, cheios de angústia e dor.

De longe se ouviu um alarido de mil vozes juntas, como se corressem a um barranco e se despencassem. Assustada, olhei para os que estavam com o Senhor, pareciam não ter visto nem ouvido nada, tão submersos estavam em sua oração, no momento que viviam, que a paz do Mestre lhes dava um porte majestoso, como de príncipes.

Entendo que aqueles consagrados que permaneciam junto ao Senhor eram os que se manteriam fiéis à opção que tinham feito por Ele, e são os que entrarão nessa hierarquia divina, porque ganharam seu direito: porque o direito é fruto da fidelidade; a fidelidade é fruto da estreita união, da intimidade; a intimidade é fruto da doação e a doação é fruto do amor agápico que se dá sem pedir nada em troca, pelo simples fato de buscar a felicidade do ser amado.

Finalmente, esse amor é fruto do conhecimento dAquele a quem serás fiel pelo resto de teus dias, sem permitir que se apague o desejo de reproduzir em ti a doação perfeita dAquele a quem te entregaste.

Minhas meditações se detiveram de chofre quando ouvi o Senhor dar Seu último grito entre inspirações de ar, cada vez mais espaçadas:

“Pai... Em Tuas mãos
entrego Meu Espírito!...”

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