Jesus, nosso único amor

Jesus, nosso  único amor
Olhai sempre por nós

Sejam bem vindos e mergulhem no Amor de Deus por nós!

Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

sábado, 6 de março de 2010

QUARESMA - PRIMEIRA PALAVRA DE JESUS NA CRUZ

2ª parte de 2

Mas como nossa miseria e egoísmo são muito grandes, Ele deu um passo mais em nosso favor, decidiu simplificar as coisas para nós: disse-nos “Reconhece que tens um só Pai a quem deves amar sobre todas as tuas comodidades, sobre todos os teus entes queridos, sobre todo o poder, a honor e o prazer que te possa oferecer o mundo, e trata os outros como se fossem tu mesmo.”

“Ama-os com o mesmo amor com que te amas, não menos. Respeita os homens e mulheres com o respeito e consideração que exiges dos outros. Sê capaz de dar tudo o que pedes para ti e não faças com os outros o que não gostarias que fizessem contigo…” Assim simples, assim direto, para que mesmo as crianças e os que não são letrados, possam compreender.

Eu sei que neste ponto de tua leitura, irmão, saberás que isto não vai ser fácil, não é pouca coisa despojar-se de tudo em favor dos outros: É heroísmo! É precisamente disso que se trata a busca da santidade, e todo batizado deve procurar ser santo.

Se tiveste a coragem de aceitar, não permitas que nada se interponha em teu caminho. Irás encontrar momentos nos quais muitas circunstâncias e demasiadas pessoas – queridas e não queridas, conhecidas e desconhecidas, de teu mesmo credo e de outras religiões, do teu mesmo País e de outros povos - tentarão te deter. Este é o momento em que a virtude da perseverança é tão necessária.

Como farás isso?... Tem a certeza de que Jesus te deixou uma Igreja, para que te guia quando não souberes por onde ir, que te levante quando estiveres caído, que te perdoe em Seu Nome, que te acolha quando procurares abrigo para tua alma, que te forme com Sua Palavra e te nutra com Seu Corpo e Sangue… Para que possas converter-te em um prolongamento Seu, em uma diáfana manifestação de Sua Presença viva, para que irradies essa claridade e resplendor que é o selo de quem é Testemunha, de quem recebeu s centelhas da Luz de Seu Amor.

Nossos méritos não podem nos salvar, porque não os temos diante da imensidão da Onipotência Divina. Não vamos nos salvar por termos sido bons pais, irmãos, filhos ou amigos. Essa é nossa obrigação. Seremos salvos porque Jesus Foi, É e Será o Amor e está esperando que assim O aceitemos. Este Amor, com Seus infinitos méritos, ganhou o perdão para nós, pediu-o a Seu Pai, da Cruz.

Muitas vezes é tão grande a repreensão de nossa consciência por um pecado cometido, ou por toda uma vida de pecados, que não pensamos que Deus nos possa perdoar, que já nos ganhou o perdão, cravado na Cruz do Amor…

Jesus disse que quando pedirmos perdão por nossos pecados durante a oração do Pai Nosso, que recordemos que Ele foi capaz de pedir o perdão para nós porque jamais sentiu rancor contra ninguém…

Somente uma alma simples e humilde é capaz de pedir perdão pelos ofensas dos inimigos. Isso requer muita coragem e entrega, que é a fórmula para despojar-se dos baixos instintos que procuram o comum: a vingança, ou esmagar os outros para procurar sobressair ou pelo menos se destacar...

Ah, mas isso sim! Absolutamente todos, estamos obrigados a perdoar as ofensas que nos fazem, na medida em que queremos que Deus nos perdoe.

Se dizemos que “perdoamos mas não esquecemos”, estamos pedindo ao Pai que faça o mesmo conosco. Se, pelo contrário, perdoamos de coração as ofensas que nos fazem e ao rezar pedimos que Deus nos perdoe assim como perdoamos, então sim estamos em condições de suplicar que, ao ter agido com Misericórdia, Deus nos conceda Sua Misericórdia.

Jesus depois disse: “Em Meu coração atormentado pelo sofrimento, houve um sentimento de piedade por outro ser que sofria perto de Mim: o homem que estava crucificado à Minha direita, Dimas, chamado ‘o Bom Ladrão’. Contemplava-Me com piedade, ele que estava também sofrendo.”

“Com um olhar aumentei o amor nesse coração, pecador sim, mas capaz de sentir piedade por outro homem. Esse malfeitor, esse bandido que pendia de uma cruz foi outra Madalena, outro Mateus, outro Zaqueu… outro pecador que Me reconhecia como Filho de Deus… e por isso quis que Me acompanhasse ao Paraíso aquela mesma tarde, para estar Comigo quando Eu abrisse as portas do Céu para dar entrada aos justos.”

“Essa era Minha Missão e essa é a vossa missão: abrir as portas do Céu para os pecadores, para os arrependidos; para os homens e mulheres que são capazes de pedir perdão, de pôr sua esperança na existência da vida eterna e colocá-la junto à Minha Cruz…”

“Dimas, o Bom Ladrão à Minha direita, e Gestas, ‘o Mau Ladrão’ à esquerda. O da esquerda cheio de ódio, o da direita mudado em um instante, ao ouvir-me dizer aquelas Palavras: “Pai, perdoai-os, porque não sabem o que fazem”.

“Esse homem, diante de Minha Presença serena, sufrente sim, mas não desesperada - a Presença do portador da Paz - sentiu quebrarem-se muitas coisas dentro de si. Já não restava lugar para o ódio, não havia lugar para o pecado, para a violência, para a amargura.”

“Somente um coração bom é capaz de reconhecer o que vem do Céu, e Dimas o estava reconhecendo diante de si. Eu pedia perdão para quem estava Me crucificando, estava clamando Misericórdia para os pecadores como ele e sua pequena alma se abriu para aceitar essa Misericórdia.”

“Por isso, quando ouve Gestas, o Mau Ladrão, fazer troça de Mim, que se Eu era o Filho de Deus que Me salvasse e salvasse também a eles, Dimas sente temor de Deus, sabe que a vida deles foi miserável, tão suja que talvez merecessem um sofrimento maior do que o que estavam passando.”

“Esse temor, esse reconocimiento da Luz que brilhava em sua frente o faz retrucar: “Não temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Nós com razão, porque merecemos por nossas obras; mas este, nada fez de mal .”

Nesse ponto, o Senhor me permitiu presenciar o olhar que Ele cruzou com o Bom Ladrão. Um olhar de gratidão, um olhar de perdão, o olhar de um pai que se sente satisfeito com a resposta de seu filho.

Há uma outra cena diante de meus olhos, e compreendo que Jesus me permite ver o que estava recordando, o que tinha acontecido não muito tempo antes, quando Ele começou a conviver com Seus discípulos… Vejo Jesus escolhendo Seus seguidores. Um a um, Ele os olha, profundamente, amorosa mas firmemente, com mansa autoridade, aquela autoridade que não é prepotência, mas fruto de uma convicção dente da qual ninguém se pode negar, e os convida a segui-Lo.

Daqueles dias, Jesus Disse: “Quis que fossem Meus discípulos, Meus irmãos, Meus amigos. É a própria pessoa quem escolhe seus amigos e Eu escolhi os Meus… Em quantas oportunidades tive que pôr a paz entre eles para ensiná-los o valor da amizade! Ainda hoje trato de ensinar aos homens o sentido comunitário e agápico desse relacionamento: amizade Comigo e com os outros.”

“Eu os amava, não só como Deus, mas também como Homem. Podia conversar com eles, podia brincar com eles, e de fato o fiz… Quando descíamos para nos banhar no rio, brincávamos jogando água uns nos outros, como crianças. Atirávamos pedras, como em um concurso e festejávamos com aplausos e risadas as pedrinhas que saltavam mais rápido e mais longe.”

“Subíamos em árvores, como qualquer jovem. Fazíamos corridas, subíamos aos montes para orar ou para comer nossa pequena merenda. Compartilhávamos anedotas e risos, como todos os homens fazem quando vivem em comunidade, mas sempre concluíamos esses encontros com uma oração de gratidão ao Pai, por nos permitir viver aqueles momentos.”

“Também não foram poucos os dias em que não tínhamos tempo sequer para comer, mas sempre procurei fazer as tarefas deles para que apreciassem o exemplo. Meu alimento era fazer a Vontade de Meu Pai, esse era Meu objetivo, Meu descanso, Minha felicidade...”

“Podia instruí-los e ouvir suas inquietações, seus segredos, e embora visse o íntimo deles, sentia-Me feliz de que quisessem fazer-Me participar de sua intimidade. Por Minha parte, dei a eles tanto amor, paciência, instrução, abraços… Tudo o que se pode dar a um amigo… Mas, não era suficiente, tinha que dar a vida por eles e não hesitei em fazê-lo.”

“Por isso estou cravado agonizando nesta Cruz, por eles, por todos vós…”

Meu Deus, quanta dor e quanto Amor! Vi escorrerem duas lágrimas dos grandes olhos de Jesus e teria dado minha vida para secá-las com meus lábios. Tão dolorosas e cheias de Amor! Então compreendi que ninguém merece a consideração de Jesus. Não a mereceram Seus discípulos e amigos de então, e não a merecemos nós hoje.


Extraído do livro:"Do Sinai ao Calvário" de Catalina Rivas

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