Jesus, nosso único amor

Jesus, nosso  único amor
Olhai sempre por nós

Sejam bem vindos e mergulhem no Amor de Deus por nós!

Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

domingo, 28 de março de 2010

QUARESMA - PASSAGEM DA MORTE PARA A VIDA - PÁSCOA

Você que vai ler este texto, não temas, pois é bom ler quando somos jovens e chegar até a velhice numa vida plena de amor por Deus.



UMA HORA DE PREPARAÇÃO PARA A MORTE
(Ditada por Jesus a Maria Valtorta em 14 de julho de 1946)

Jesus nos ensina a morrer. Disse Jesus:
"Ditei uma Hora Santa para os que desejam. Desvelei minha Hora de Agonia do Getsêmani para outorgar-te um grande prêmio; porque não há ato de confiança maior entre amigos que o de desvendar ao amigo a própria dor. Nem o riso nem o beijo são a prova suprema do amor, mas sim o pranto e a dor comunicados ao amigo. Tu, minha amiga, o tem conhecido. Porque estiveste no Getsêmani. Agora estás na Cruz e provas penas de morte. Apoia-te em teu Senhor enquanto que ele te dá uma hora de preparação para a morte".

I. "Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice".

Não é uma das sete Palavras da Cruz, porém é já palavra da paixão.. É o primeiro ato da Paixão que se inicia. É a preparação necessária para as demais fases do holocausto. É invocação ao Dador da vida, resignação, humildade e oração na qual se trançam, enobrecendo-se a carne e perfeccionando a alma, a vontade do espírito e a fraqueza da criatura a qual repugna a morte.
"Pai...!" Oh!, é a hora na qual o mundo desaparece para os sentidos e para a mente, enquanto que se acerca à velocidade de um meteoro o pensamento sobre a outra vida, sobre o desconhecido, sobre o juízo. O homem, sempre é uma criança ainda que seja centenário, é como um menino assustado que caiu ao chão e busca o seio de Deus.
Marido, mulher, irmãos, filhos, pais, amigos... O eram todos enquanto que a vida estava longe da morte, enquanto que a morte era tão somente um pensamento oculto entre trevas distantes. Porém agora que a morte sai de entre véus e avança, se inverte a situação, e são os pais, os filhos, os amigos, os irmãos, o marido e a mulher os que perdem seus traços definidos, seu valor afetivo, embaçando-se ante o avanço da morte. Como vocês se vão debilitando com a distância, as coisas da terra vão perdendo o vigor uma vez que adquire o do além, aquele que até ontem parecia tão longe... E um movimento de medo se apodera da criatura.
Se não fosse penosa e temerosa, a morte não seria o extremo castigo e o meio extremo de expiação concedido ao homem. Até que não existia a Culpa, a morte não foi senão dormição. E aonde não houve culpa tampouco houve morte, como ocorreu com Maria Santíssima.
Eu morri porque sobre Mim gravitava todo o Pecado, e conheci o horror de morrer.
"Pai!". Oh!, este Deus tantas vezes não amado ou amado em último lugar, depois de que o coração amou a parentes e amigos, de que teve outros amores indignos com criaturas viciosas ou amou as coisas como a deuses, este Deus tão frequentemente esquecido, que permitiu que se o esquecesse, que nos deixou livre para esquecê-lo, que deixou fazer, que as vezes fosse escarnecido, outras malagradecido, outras negado, eis aqui que torna a surgir na mente do homem recobrando seus direitos. Grita: "Eu sou!" e para não fazer-nos morrer de espanto com a revelação de seu poder, mitiga esse potente "Eu sou" com uma palavra suave: "Pai".
"Eu sou teu Pai". E já não é terror, senão abandono n'Ele, o sentimento que desperta esta palavra.
Eu, Eu que devia morrer e compreendia o que é morrer depois de haver ensinado aos homens a viver chamando "Pai" ao Altíssimo Yavé, os ensinei a morrer sem terror chamando "Pai" ao Deus que volta a surgir entre os espasmos de agonia ou se faz mais presente ao espírito do moribundo.
"Pai". Não temais! Vós que morreis, não temais a este Deus que é Pai! Não se apresenta justiceiro, provido de registros e machados, nem cínico arrancando-os da vida e dos afetos, mas sim que vem com os braços abertos dizendo: "Retorna à tua morada. Vem ao descanso. Eu te compensarei com abundância pelo quantos deixas aqui. E, te juro, em meu seio farás muito mais a favor dos que deixas aqui que não permanecendo aqui embaixo em luta fatigante e nem sempre remunerada.".
Porém a morte sempre é dor. Dor pelo sofrimento físico, dor pelo sofrimento moral, dor pelo sofrimento espiritual. Deve ser dor, o repito, se há de ser o meio para a última expiação no tempo. E em um flutuar de névoas, que ocultam e descobrem, alternando-se, o que na vida se amou, e o que nos faz temer o mais além, a alma, a mente, o coração, como navio atracado em um grande temporal, passam -de zonas tranquilas que gozam já da paz perto do iminente porto, já perto, visível e tão sereno que comunica uma quietude beatífica e uma sensação de repouso semelhante ao de quem, a ponto de dar por concluído um esforço, pressente o gozo do próximo descanso - passam as zonas nas quais a tempestade os sacudiu, os açoitou e os fez sofrer; aterrar-se e gemer. É de novo o mundo, o trabalhoso mundo com todos seus tentáculos: família, negócios; é a angústia da agonia, é o pavor do último passo...
E depois? E depois...? A treva assalta, sufoca a luz, silva seus terrores... Aonde está o Céu? Por que morrer? Por que ter que morrer? E o grito gorgoleja já na garganta: "Não quero morrer!".
Não, meus irmãos que morreis como justos, santo é o morrer ao ser a vontade de Deus. Não. Não griteis assim! Esse grito não vem de vossa alma. É o adversário que sugestiona vossa debilidade fazendo-o proferir. Transformando o grito rebelde e vil em um grito de amor e confiança: "Pai, se é possível, afasta de mim este cálice". Como o arco-íris depois do temporal, é então quando esse grito faz voltar a luz, a calma. De novo vês o céu, as razões santas de morrer e seu prêmio que é retornar ao Pai, e então compreendeis que também o espírito, ou melhor dizendo, que o espírito tem direitos superiores aos da carne porque ele é eterno e de natureza sobrenatural e, por isso, goza de proeminência sobre a carne, e então pronunciais a palavra que absolve de todos vossos pecados de rebelião: "porém não se faça minha vontade mas sim a tua".
Aqui está a paz, aqui está a vitória. O anjo de Deus vos cinge e os conforta porque ganhastes a batalha preparatória para fazer da morte um triunfo.

II. " Pai, perdoa-lhes!"

É o momento de despojar-se de tudo quanto supõe peso para voar com maior segurança a Deus. Não podeis levar convosco afetos nem riquezas que não sejam espirituais e boas. E não há homem que morra sem ter algo a perdoar a alguém ou a muitos de seus semelhantes em muitas coisas e por múltiplos motivos.
Que homem há que chegue a morrer sem haver sofrido o amargor de uma traição, de um desamor, de um engano, de um abuso ou de outro dano qualquer de parte de parentes, consortes ou amigos? Pois bem, é a hora de perdoar para ser perdoado.
Perdoar completamente, deixando de lado, não só o rancor e a lembrança mas sim até a persuasão de que o motivo de nosso rancor era justo.. É a hora da morte. O tempo, o mundo, os negócios e os afetos terminam ficando reduzidos a "nada".
Já só existe uma "verdade": Deus. Para quê, pois, levar mais além dos umbrais o que é da parte de cá dos mesmos?
Perdoar. E, dado que chegar à perfeição do amor e do perdão - que consiste em não dizer sequer: "contudo eu tinha razão"- é muito difícil demasiado difícil para o homem, deve traspassar ao Pai o encargo de perdoar por nós. Entregar-lhe nosso perdão a Ele que não é homem, que é perfeito, que é bom, que é Pai, para que Ele depure com seu Fogo e o dê, uma vez aperfeiçoado, a quem mereça o perdão.
Perdoar, aos vivos e aos mortos. Sim. Também aos mortos que nos causaram dor. A morte limou muitas arestas ao desgosto dos ofendidos, as vezes as tirou todas. Porém, ainda perdura a recordação. Fizeram sofrer e se recorda que fizeram sofrer. Esta recordação põe sempre um limite a nosso perdão.Não. Já não mais. Agora a morte está a ponto de tirar todo o limite do espírito.Penetra-se no infinito. Há que eliminar, portanto, até esta recordação que põe limites ao perdão. Perdoar, perdoar para que a alma não tenha sobre si o peso e o tormento das lembranças e possa estar em paz com todos os irmãos vivos ou penantes, antes de encontrar-se com o Pacífico.
"Pai, perdoa-lhes!' Santa humildade, doce amor do perdão outorgado, que sub intende o perdão que se pede a Deus pelas ofensas para com Ele e para com o próximo, que tem tudo aquele que pede perdão para os irmãos. Ato de amor. Morrer num ato de amor é ganhar a indulgência do amor. Bem aventurados os que sabem perdoar em expiação de todas as durezas de coração e das culpas da ira.

III. "Eis aqui teu filho".

Eis aqui teu filho! Fazer cessar o que não é querido com previdência e santo pensamento; abandonar os afetos e abandonar-se a Deus sem resistência. Não invejar ao que possui o que desejamos. Com esta frase podeis confiar a Deus tudo que mais vos interessa e que abandonais, e tudo que o angustia, e até vosso próprio espírito.
Recordar ao Pai que é Pai. Por-lhe nas mãos o espírito que torna a sua Fonte. Dizer-lhe: "Eis-me aqui. Aqui estou. Toma-me contigo porque me dou a Ti. Não cedo forçado pelas circuntâncias. Dou-me porque te amo como filho que torna a seu pai".
E dizer-lhe: Aqui estou. Estes são os meus queridos; te entrego-os. Estes são meus negócios que alguma vez me fizeram ser injusto, invejoso do próximo, e que fizeram que me esquecesse de Ti pporque me pareciam -o eram certamente, se bem que os tinha por mais do que eram- me pareciam de capital importância para o bem estar dos meus, para minha honra e pelo apreço que me proporcionavam. Acreditei também que só eu fosse capaz de administrá-los. Acreditei-me necessário para levá-los a cabo. Agora vejo... que eram tão somente uma peça insignificante na engrenagem perfeita de tua Providência, e muitas vezes, um mecanismo imperfeito que descomporia o trabalho do organismo perfeito. Agora que as luzes e as vozes do mundo cessam e tudo se vai afastando, vejo...sinto... que insuficientes, deterioradas e imcompletas eram minhas obras! Como destoavam com o Bem! Presumi ser 'alguém'. Tu eras o previsor, providente e santo- corrigias meus trabalhos e os fazia úteis. Presumi. alguma vez inclusive disse que não me amavas porque não me acompanhava no êxito no qual emprendia, como a aqueles aos quais invejava. Agora o vejo. Tem compaixão de mim!"
Humilde abandono, pensamento agradecido à Providência como reparação de vossas presunções, cobiças, invejas e substituições de Deus com pobres coisas humanas e com gula de toda sorte de riqueza.

IV. " Lembra-te de mim'.

Haveis aceitado o cálice da morte, haveis perdoado e cedido o que era vosso, inclusive a vós mesmos. Haveis mortificado muito o eu humano e liberado a alma do que desagrada a Deus: do espírito de rebeldia, do espírito de rancor e de cobiça. Haveis cedido ao Senhor a vida, a justiça, a propriedade, a pobre vida, a mais pobre justiça e as três vezes pobres propriedades humans. Nonos Jós, os encontrais desfalecidos e despojados diante de Deus. Então podeis dizer: "Lembra-te de mim".
Já não sois nada. Nem saúde, nem arrogância, nem riqueza. Não sois donos nem de vós mesmos. Sois larva com possibilidade de converter-se em mariposa ou de apodrecer no cárcere do corpo causando uma ferida podre a vosso espírito. Sois lama que retorna da lama ou lama que se transforma em estrela conforme prefirais descer na cloaca do Adversário ou subir ao vértice de Deus.Na última hora decide a vida eterna. Lembra-o. E grita: "Lembra-te de mim!".
Deus aguarda aquele grito do pobre jó para encher-te de bens em seu Reino. Para um Pai é doceperdoar, intervir e consolar. Enquanto que escuta esse grito, vos diz: "Filho, estou contigo. Não temas". Pronunciais esta palavra a fim de reparar as vezes que esquecestes do Pai ou fostes soberbos.

V. "Meu Deus, porque me abandonastes?"

As vezes parece que Deus abandona. Porém só está se escondendo para que aumente a expiação e conceder assim perdão maior. Pode o homem lamentar-se dele com ira quando ele abandonou infinitas vezes a Deus? E deve desesperar-se porque Deus o prova?
Quantas coisas possuistes em vosso coração que não eram Deus? Quantas vezes fostes indolentes com Ele! Com quantas coisas o rejeitastes e jogastes de vós! Enchestes vosso coração de tudo e depois o fechaste fechando a porta porque temíeis que Deus, se entrasse, poderia perturbar vosso quietismo indolente e purificar seu templo fechando ele aos usurpadores. Que vos importava Deus enquanto fostes felizes? Vós dizíeis: "Tenho já de tudo porque eu o ganhei". E quando não fostes felizes, acaso não fugistes de Deus culpando-o de vosso mal?
Oh! Filhos injustos que bebeis o veneno, que vos introduzis nos labirintos, que vos lançais nos precipícios, às guaridas das serpentes e outras feras e depois dizeis: "Deus tem culpa". Se Deus não fosse Pai e Pai santo, o que haveria de responder a vosso lamento nas horas dolorosas quando nas horas felizes vos esqueceis d'Ele? Oh, filhos injustos que, cheios de culpas como estais, pretendeis ser tratados como não o foi o Filho de Deus na hora do holocausto. Dizeis, quem esteve mais abandonado? Não foi acaso Cristo, o Inocente, quem para salvar aceitou o abandono total de Deus depois de ter amado ativamente sempre? Não levais acaso vós o nome de "cristãos"? E não tereis o dever de salvar-se sequer a vós mesmos? Na turva negligência, que se compraz em si mesma e teme os aborrecimentos de acolherem ao Ativo, não há salvação.
Imiteis pois a Cristo, lançando este grito no momento de maior angústia. Porém fazeis que a nota do grito seja nota de mansidão e humildade, não um tom de blasfêmia nem de reprovação. Por que me abandonaste Tu que sabes que sem ti nada posso? Vem Pai, vem a salvar-me, a infundir-me fortaleza para salvar-me a mim mesmo, porque são horríveis as aperturas da morte e o Adversário acrescenta engenhosamente seu poder sussurrando-me que Tu já não me amas. Deixa-te ouvir, Pai, não por meus méritos, mas sim precisamente porque sou um nada sem valor algum que não sabe vencer se está só, e que agora compreende que a vida era trabalho para ir ao Céu".
Está dito: Ai dos que se encontram sós! Ai de quem está só na hora da morte, só consigo mesmo contra Satanás e contra a carne! Porém não temais. Se chamais o Pai, ele acudirá. E esta humilde invocação expiará vossas culpadas torpezas para com Deus, vossa falsa piedade e os desordenados amores do qual os fazem indolentes.

VI. "Tenho sede".

Se, verdadeiramente se entendeu o verdadeiro valor da vida eterna a respeito do falso metal da vida terrena, quando se aceitou como santa obediência a purificação da dor e da morte, quando em poucas horas ou em poucos minutos talvez, se cresceu em sabedoria e em graça diante de Deus mais do que quanto se cresceu em muitos anos de vida, vem uma sede profunda de águas celestiais, de coisas celestiais. Estão vencidas as luxúrias de toda sede humana, porém vem a sede sobrenatural de possuir a Deus. A sede do amor. A alma aspira a beber o amor e a ser absorvida por ele. Como a água da chuva que cai no chão e não quer converter-se em lama mas sim tornar a ser nuvem, assim agora a alma tem sede de subir ao lugar do qual desceu. Ao ponto de cairem esfarrapados os muros carnais, a prisioneira percebe já as auras do Lugar de origem e o anela com todo seu ser.
Qual é o peregrino exausto que, vindo já próximo, depois de largos anos, o lugar nativo, não concentra todas as suas forças e prossegue veloz, tenaz, despreocupado de tudo o que não seja chegar ao lugar do qual um dia partiu deixando nele seu verdadeiro bem que agora está seguro de recobrar e de gostar muito mais, dada a experiência que tem do pobre bem que não sacia e que encontrou no lugar do exílio?
"Tenho sede". Sede de Ti, meu Deus. Sede de ter-te. Sede de possuir-te. Sede de dar-te. Porque nos umbrais entre a Terra e o céu se sabe já entender, como se deve, o amor ao próximo, e vem um desejo de agir para dar a Deus ao próximo que deixamos. É a santa laboriosidade dos santos que, qual grãos mortos convertidos em espiga, se transbordam em amor para proporcionar amor e fazer que ame a Deus aquele que ainda está debatendo-se nas lutas da Terra.
"tenho sede". Uma vez chegada a alma aos umbrais da vida, não há mais que uma água que sacie: a Água viva, Deus mesmo. O amor verdadeiro: Deus mesmo. Amor contraposto ao egoísmo.
O egoísmo morreu nos justos antes que a carne e o que reina neles é o amor que grita: "Tenho sede de Ti e de almas. Salvar. Amar. Morrer para gozar a liberdade de amar e de salvar. Morrer para nascer. deixar para possuir. Rejeitar toda doçura, todo consolo, porque tudo daqui é vaidade e o que a alma tão somente quer é juntar-se ao rio, no oceano da Divindade, beber d'Ela, estar n'Ela sem ter mais sede, ao acolher a Fonte da Água da Vida". Há que ter esta sede em reparação do desamor e da luxúria.

VII. "Tudo está consumado".

Todas as renúncias, todos os sofrimentos, todas as provas, as lutas, as vitórias, as oferendas: tudo. Já só resta apresentar-se diante de Deus. Concluiu o tempo concedido à criatura para chegar a ser um deus, o mesmo que o concedido a Satanás para tentá-lo. Cessa a dor, cessa a prova, cessa a luta. Ficam unicamente o juízo e a amorosa purificação, ou chega de imediato a bem aventurada morada do céu. Quanto é Terra e vontade humana chegou ao seu fim. Tudo está consumado! Esta é a palavra da completa resignação ou do gozoso reconhecimento de haver terminado a prova e consumado o holocausto.
Não me refiro aqui aos que morrem em pecado mortal, que não dizem: "tudo está consumado", mas sim que, com um grito de vitória e um pranto de dor, o dizem por eles o anjo das trevas, vitorioso e o anjo da guarda, vencido.
Refiro-me aos pecadores arrependidos, aos bons cristãos ou aos heróis da virtude. Estes, cada vez mais vivos em seu espírito no tempo que a morte se apodera da carne, murmuram ou gritam, resignados ou gozosos: "Tudo está consumado. O sacrifício terminou. Toma-o como expiação minha! Toma-o como minha oferta de amor!" Assim dizem os espíritos com a penúltima palavra, segundo seja que sofram a morte por lei comum ou, como almas vítimas, a ofereçam em voluntário sacrifício.
Porém tanto umas como outras, uma vez chegada a libertação da matéria, reclinam seu espírito no seio de Deus dizendo: "pai, em tuas mãos entrego o meu espírito".
"Maria, sabe o que supõe expirar com essa elevação feita viva no coração? È expirar no beijo de Deus. Há muitas preparações para a morte. Mas, creia-me, esta, baseada em minhas palavras, é, dentro de sua sensibilidade, a mais santa de todas".

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