Jesus, nosso único amor

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Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
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domingo, 17 de outubro de 2010

A ESTRELA DE BELÉM - POR MARIA VALTORTA



Adoração dos Três Reis Magos


(Postado em 28 de fevereiro de 1944)



Vejo  Belém, cidade pequena, cidade recolhida como uma ninhada sob a luz das estrelas. Dois caminhos principais se cruzam em forma de cruz. Há uma via que vai para outro povoado e a estrada principal que continua, a outra que vem do povoado, aí se detém.

Várias ruazinhas se dividem, onde não se pode ver qualquer plano que não seja construído, como nós conhecemos, mas sim que seguiram a conformação do terreno, bem como as casas têm seguido os caprichos do solo e seu construtor.

Umas voltadas para a direita, outras para a esquerda, algumas construídas no ângulo do caminho que passa perto delas, fazem com que tomem a forma de uma fita que é torcida, não linear.

Aqui e ali, tem um pracinha, que pode muito bem servir para o mercado ou para acomodar uma fonte, ou porque se construiu, sem qualquer plano, e ficou lá como um pedaço de terra torta, sobre a qual não é possível construir alguma coisa.

Parece-me que no ponto em que eu estou vejo uma daquelas pracinhas irregulares. Deve ter sido quadrada ou retangular, mas tornou-se um trapézio, tão rara, que se parece com um triângulo agudo, achatado no vértice. No lado mais largo, na base do triângulo, há uma construção larga e baixa.

A maior do povoado. No exterior existe um muro liso, onde se veem os portões que agora estão fechados. No interior existem muitas janelas que dão para o primeiro piso, enquanto que abaixo se encontram pórticos que rodeiam o pátio, onde há palha e esterco espalhado, há também cochos onde bebem água os cavalos e outros animais.

Sobre as colunas rústicas há argolas onde os animais são amarrados, e de um lado há um longo galpão para colocar gado ou cavalos. Logo me dou conta que é o abrigo em Belém.

Nos outros dois lados iguais, há casas e barracos, alguns com um jardim na frente, outros não. Entre eles estão alguns que, com tem fachada de frente para a Praça e, às vezes com as costas.

Por outro lado, mais de perto, dando a frente para o local da caravana, há uma casa com uma escada exterior que alcança o meio das salas de frente. Todas as casas estão fechadas, porque é de noite. Você não vê ninguém na rua.

Vejo no céu que aumenta a luz das estrelas, tão belo sobre esta terra oriental, tão brilhante e grande que elas parecem estar muito próximas, e é fácil de alcançá-las, tocá-las. Eu olho para cima para ver qual é a razão para o aumento da luz.

Uma estrela de tamanho incomum parece ser uma pequena lua, em movimento no céu de Belém. As outras parecem eclipsar-se e ir para o lado, como as damas, quando a rainha passa, pois seu esplendor as domina.

Da esfera, que parece uma enorme safira de cor suave,  sai de seu interior um sol, um raio que vem, além de sua cor de pura safira, juntam-se outros, como o topázio amarelo, esmeraldas verdes, de opalas, o vermelho dos rubis, e as doces cintilações das ametistas.

Todas as pedras preciosas da terra estão no raio que rasga o céu com uma velocidade de movimento ondulatório, como se fosse algo vivo. A cor predominante é a que emana do centro da estrela: a bela cor da suave safira azul que pinta de prata as casas, estradas, terra de Belém, o berço do Salvador.

Não é mais a pobre cidade, pelo menos para nós, que não mais do que um rancho. É uma cidade fantástica feita toda de prata. E a água das fontes, é um límpido diamante líquido.

A estrela com um brilho mais intenso pára na pequena casa que está na parte mais estreita da praça.

Ninguém vê isso, porque todo mundo está dormindo, porém a estrela faz vibrar os seus raios com a cauda vibrando, fazendo forte desenho como semicírculos no céu, onde se acende tudo com os astros que arrasta consigo, com esta rede cheia de pedras preciosas que brilham, tendo as mais vagas cores de outras estrelas como para dizer-lhes uma palavra de alegria.

O presépio está imerso nesse fogo líquido de jóias. O telhado da pequena varanda, a escadaria de pedra escura, a porta, tudo é como um bloco de prata pura polvilhado com diamantes e pérolas.

Nenhum palácio real de que a terra já teve ou vai ter, terá uma escada como esta, dond epassam os Anjos, por onde passa a Mãe de Deus. Os pezinhos de Maria de Deus podem pousar sobre este cândido resplendor, seus pezinhos são destinados para pousar nos degraus do trono de Deus.

Porém a Virgem não sabe o que passa. Vela junto ao berço de seu Filho e ora. Em sua alma tem resplendores que superam em muito ao resplendor da estrela que adorna as coisas.

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