Jesus, nosso único amor

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Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

ENFEITARAM O CENÁCULO PARA A SANTA FESTA DE PENTECOSTES







A vinda do Espírito Santo.

Para a santa festa de Pentecostes enfeitaram a sala da última Ceia festivamente, com árvores, grinaldas e flores. Nas vésperas da festa, Pedro benzeu dois pães ázimos, partiu e distribuiu-os aos Apóstolos e à Santíssima Virgem. A cidade, porém, chegaram muitos peregrinos para a festa de Pentecostes, estrangeiros de variadíssimos trajes e costumes estranhos.

Os Apóstolos e discípulos passaram a noite antes de Pentecostes, junto com Maria e as santas mulheres, na sala da última ceia, em oração e silenciosa meditação, preparando-se para a vinda do Espírito Santo. Estavam reunidas ao todo mais de cento e vinte pessoas. Todos desejavam ardentemente a vinda do Consolador prometido, que os encheria, segundo a promessa de Jesus, de força celeste. A piedosa serva de Deus descreve esse importante acontecimento com palavras intuitivas:

“Percebi, depois de meia-noite, uma maravilhosa intensidade e um movimento misterioso e benfazejo na natureza inteira, que se comunicava a todos os presentes. Pareceu-me também que, pela abertura no teto da sala, se podia ver o céu tornar-se mais claro. Os Apóstolos tinham-se retirado em silêncio do meio da sala para junto das paredes, ficando perto das colunas; por entre eles vi os discípulos nos pórticos laterais, olhando pelas paredes abertas para dentro da sala. Pedro estava diante da cortina atrás da qual se guardava o Santíssimo Sacramento; a Santíssima Virgem, porém, estava na sala, diante da porta do vestíbulo, no qual se achavam as santas mulheres.

Estando assim todos silenciosos, cheios de veemente desejo, com os braços cruzados sobre o peito, olhos baixos, propagou-se-lhe a calma e o silêncio por toda a casa. Os discípulos, nos átrios laterais, se dirigiram todos aos respectivos lugares e após alguns momentos, reinava o maior silêncio em todo o redor da casa.

Pela manhã vi sobre o Monte das Oliveiras, onde Nosso Senhor subira ao céu, se aproximar uma nuvem luminosa, resplandecente, prateada, vindo do céu, em direção à casa dos Apóstolos, em Sião. Vi-a primeiro, a grande distância, como um globo, cujo movimento acompanhava uma doce e ardente brisa. Ao aproximar-se, aparecia cada vez maior a nuvem luminosa, passando como um nevoeiro brilhante sobre a cidade, até que parou sobre Sião e a casa da última Ceia, concentrando-se cada vez mais e tomando-se cada vez mais clara e transparente como um sol brilhante; finalmente desceu, com crescente sussurro, como uma nuvem de trovoada muito baixa. Muitos judeus, que ouviram o bramido e viram a nuvem, correram assustados ao Templo. Toda essa cena tinha alguma semelhança com uma trovoada que se aproxima rapidamente, mas em vez de trovão, ouvia-se o zunido, que se sentia, porém, como uma brisa cálida e profundamente reconfortante.

Quando a nuvem luminosa pairava muito baixa sobre o Cenáculo e, a par do crescente ruído, se tornava cada vez mais brilhante, vi também a casa e os arredores banhados numa luz intensa, mas os Apóstolos, discípulos e mulheres, cada vez mais silenciosos e ardentes.

Eram cerca de três horas da manhã, antes do nascer do sol, quando vi de repente saírem das nuvem, sussurrante, torrentes de luz branca, que se cruzavam sete vezes e ao cruzarem, se dissolviam em raios e gotas ígneas, que caíram sobre a casa e arredores. O ponto em que as sete torrentes de luz se cruzaram, era cercado como de um arco-íris, onde vi formar-se uma figura luminosa e pairar sobre a casa; parecia-me que essa figura tinha asas estendidas sob os ombros; mas não posso dizer com certeza se eram asas, pois tudo parecia emanação de luz. Nesse momento, porém, toda a casa estava cheia de luz em redor. Não vi mais a luz do candelabro de cinco braços. As pessoas reunidas estavam todas como pasmas e extasiadas; levantaram inconscientemente os rostos; com desejo ardente e vi derramar-se na boca de todos uma torrente de luz, como pequenas línguas de fogo em chamas. Era como se respirassem e recebessem ardentemente esse fogo e como se algo de sua boca, em ardente desejo, fosse ao encontro dessas chamas. O santo fogo derramou-se também sobre os discípulos e as mulheres, no vestíbulo e desta forma se dissolveu a nuvem luminosa gradualmente, como uma nuvem que derrama chuva de luz. As línguas de fogo vieram sobre todos, mas com intensidade e cores diferentes.

O estrondo semelhante a uma trovoada acordou muitos homens. O Espírito comoveu muitos fiéis e discípulos que moravam nos arredores.

Depois de acabada a efusão do Espírito, nasceu alegre coragem em toda a assembléia. Todos estavam comovidos e como embriagados de alegria e confiança. Rodeavam a Santíssima Virgem, única que permanecia toda tranqüila e calma, em seu habitual recolhimento e santo silêncio, apesar de feliz e confortada. Os Apóstolos, porém, abraçavam-se uns aos outros, penetrados de uma jubilosa audácia de falar. Era como se clamassem uns aos outros: Em que estado estávamos? Que foi feito de nós? – Também as santas mulheres abraçavam umas as outras; todos os discípulos, nos corredores, estavam do mesmo modo comovidos. Os Apóstolos correram para eles e em todos havia, por assim dizer, nova vida, cheia de alegria, confiança e coragem.

Esse transporte de iluminação do coração e de conforto terminou em uma ação de graças. Reuniram-se em oração, dando graças a Deus, com profunda comoção. No entanto desapareceu gradualmente a luz. Pedro fez então um discurso aos discípulos e enviou alguns para os acampamentos de peregrinos bem-intencionados, vindos para a festa de Pentecostes.

Havia, porém, entre o Cenáculo e a piscina de Betesda diversos barracões e dormitórios abertos, onde os forasteiros que vinham para a festa, dormiam e guardavam os animais. Estavam ali muitos dormindo; outros estavam acordados e receberam também a graça do Espírito Santo; pois passara uma emoção geral pela natureza. Muitos homens bons receberam iluminação e a graça da conversão; os maus, porém, ficaram tímidos, medrosos e ainda mais endurecidos. – A maior parte dessa gente, que estava acampada naqueles arredores, onde se reunira a nascente comunidade, estava já ali desde a Páscoa, porque, pela distância de sua terra, não valia a pena fazer a viagem de ida e volta entre a Páscoa e Pentecostes. Esses, pois, por tudo que ouviram e viram, se tornaram mais familiares e amigos dos discípulos do que os outros. Quando os discípulos enviados por Pedro os procuraram e lhes anunciaram o cumprimento da promissão do Espírito Santo, tornaram-se de diversos modos conscientes de sua própria conversão e, obedecendo à palavra dos discípulos, reuniram-se todos em redor da piscina de Betesda, que ficava próxima.

No entanto Pedro no Cenáculo impôs as mãos a cinco Apóstolos, que deviam ajudar a ensinar a batizar na piscina de Betesda. Se me lembro bem, foram esses Tiago o Menor, Bartolomeu, Matias, Tomé e Judas Tadeu. Vi nessa ordenação, que o último tinha uma visão: foi como se o visse abraçar o corpo de Nosso Senhor.

Antes de Irem à piscina de Betesda, para benzer a água e batizar, vi-os ainda receber a benção da SS. Virgem, ajoelhados diante dela; antes da ascensão de Jesus a recebiam em pé. Vi os Apóstolos receberem essa bênção sempre, nos dias seguintes, antes de saírem e depois de voltarem. Nesses atos de bênção e sempre quando comparecia entre os Apóstolos, em sua dignidade, a SS. Virgem vestia um longo manto branco, um véu amarelo sobre o rosto e na cabeça, caindo de ambos os lados até quase ao chão, uma larga faixa de pano azul celeste, dobrada sobre a testa um pouco para trás, enfeitada de bordado e segura na cabeça por uma pequena coroa de seda branca.

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