Jesus, nosso único amor

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ZELAR PELA MÃE TERRA

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Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

AS SANTAS MULHERES E AS APARIÇÕES DE JESUS

5. As santas mulheres no sepulcro. Aparições de Jesus.

As santas mulheres estavam perto da pequena porta de Nicodemos, quando o Senhor ressuscitou. Nada notaram dos prodígios que nesse momento se deram, nem sabiam que fora posta uma guarda à porta do túmulo; pois na véspera, como era sábado, ninguém fora ao sepulcro e elas tinham ficado de luto, com as portas fechadas. Inquietas, diziam umas às outras: “Quem nos tirará a pedra da porta?” Pois no desejo de prestar homenagem ao corpo do Senhor, tinham se esquecido inteiramente da pedra.

Tinham a intenção de derramar água de nardo e ungüentos sobre o corpo do Senhor e cobri-lo de flores e ervas aromáticas, pois não tinham contribuído para as especiarias usadas no embalsamamento, de cujas despesas se encarregava Nicodemos e por isso queriam agora oferecer ao corpo do Senhor e Mestre o que de mais preciso podiam encontrar. Salomé comprara a maior parte; não era a mãe de João, mas outra Salomé, uma senhora rica de Jerusalém, aparentada com S. José. Resolveram que iriam pôr as especiarias sobre a pedra, diante do túmulo e esperar até que porventura viesse um dos discípulos, que lhes abrisse as portas, no entanto continuavam caminhando para o jardim do sepulcro.

Vi os guardas deitados em redor, como mortos e com os membros tortos. A pedra fora colocada do lado direito da gruta, de modo que se podia abrir a porta que, porém, ainda estava encostada. Vi através da porta, no leito sepulcral, os panos em que o corpo de Jesus tinha sido envolto. O pano largo, que cobria todo o corpo, estava inalterado, apenas vazio e encolhido, continha somente as ervas aromáticas. A faixa com que fora enrolado, estava ao longo do lado anterior do leito Sepulcral mas não fora desenrolada. O pano com que Maria lhe cobrira a cabeça, encontrava-se na cabeceira, à direita, na mesma posição em que lhe envolvera a cabeça, apenas o véu do rosto fora aberto.

Vi então as mulheres se aproximarem do jardim. Vendo as lanternas da guarda e os soldados deitados em redor, assustaram-se e deixando de lado o jardim, seguiram alguns passos em direção ao Gólgota. Madalena, porém, esqueceu-se de todo o perigo e entrou apressada no jardim; Salomé seguiu-a a alguma distância. Eram as duas principalmente que tinham comprado os ungüentos. As duas outras mulheres eram mais tímidas e ficaram fora do jardim.

Vi Madalena, deparando com os guardas, correr assustada para trás, ao lado de Salomé; depois avançaram juntas e passando timidamente por entre os soldados, que ainda estavam atordoados, entraram na gruta. Viram a pedra já afastada; as portas estavam encostadas, como provavelmente Cássio as deixara. Então abriu Madalena, com grande ânsia, uma das portas, olhou assustada para o leito sepulcral e viu todos os panos vazios e separados. Tudo estava cheio de esplendor e um Anjo sentado à direita, sobre o túmulo.

Madalena ficou espantada; não sei se ouviu qualquer palavra do Anjo. Correu precipitadamente para fora do jardim, pela pequena porta de Nicodemos, ao encontro dos Apóstolos, reunidos na cidade. Também não sei se Maria Salomé, que não entrara na gruta, ouviu alguma palavra do Anjo; vi-a fugir do sepulcro e do jardim, muito assustada, logo depois de Madalena e juntar-se às mulheres que ficaram fora do jardim, às quais anunciou o que sucedera.

Tudo isso foi feito com grande pressa e com o espanto de quem viu espíritos. As outras mulheres, ouvindo as notícias de Maria Salomé, assustadas e ao mesmo tempo satisfeitas, não ousaram por algum tempo entrar no jardim.

Cássio, porém, depois de sair do sepulcro, demorara-se algum tempo nos arredores, esperando ver Jesus ou que este aparecesse talvez às mulheres, que se aproximavam; dirigiu-se depois apressadamente à porta da cidade, para levar notícias a Pilatos e passando perto das santas mulheres, contou-lhes em poucas palavras o que vira, exortando-as a que fossem verificá-lo com os próprios olhos.

Então recobraram ânimo e entraram juntas no jardim e tendo entrado com muito medo na gruta, viram diante delas os dois Anjos do sepulcro, em vestes sacerdotais, brancas e resplandecentes. As mulheres, extremamente assustadas, estreitando-se uma à outra e cobrindo o rosto com as mãos, inclinaram-se até à terra. Um dos Anjos, porém, falou-lhes, dizendo que não se assustassem; não procurassem ali o Crucificado, pois estava vivo, tinha ressuscitado e não se achava mais entre os mortos. Mostrou-lhes também o leito vazio do sepulcro e mandou-lhes que anunciassem aos discípulos o que tinham ouvido e visto, avisando-lhes que Jesus os precederia na Galiléia; deviam lembrar-se do que lhes dissera na Galiléia: “O Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores e crucificado e no terceiro dia ressuscitará dos mortos”.

Então desapareceram os Anjos e as santas mulheres, com temor e tremendo, olharam para o leito sepulcral e os panos, chorando e ao mesmo tempo cheias de alegria; depois saíram, dirigindo-se à porta da cidade pela qual Jesus saíra para o suplício. Estavam ainda espantadas, não se apressavam, mas paravam de vez em quando, olhando em redor, na esperança de ver Jesus ou que Madalena voltasse.

No entanto vi Madalena chegar ao Cenáculo; estava como que desvairada e bateu com veemência à porta. Alguns dos discípulos estavam ainda deitados, dormindo ao longo das paredes; outros já se haviam levantado e estavam conversando; Pedro e João foram abrir. Madalena disse apenas: “Tiraram o Senhor do sepulcro, não sabemos para onde o levaram”. Tendo dito isto, voltou ao jardim do sepulcro, correndo com grande pressa. Pedro e João entraram de novo em casa, disseram algumas palavras aos outros discípulos e seguiram-na depois apressadamente, mas João mais ligeiro do que Pedro.

Vi Maria Madalena entrar novamente no jardim e correr ao sepulcro, perturbada pela corrida forçada e a tristeza. Estava toda molhada de orvalho, o manto caíra-lhe da cabeça aos ombros e os cabelos tinham-se-lhe soltado. Como estava só, teve medo de entrar na gruta, mas ficou no fosso, diante da gruta; ali se inclinou, para olhar para dentro do túmulo, através da porta baixa da gruta.

Segurando o longo cabelo com as mãos, viu dois Anjos de vestes brancas, sacerdotais, sentados à cabeceira e aos pés do túmulo e ouviu ao mesmo tempo a voz de um deles: “Mulher, por quê choras?” E Madalena exclamou, cheia de tristeza, (pois não pensava senão no corpo de Jesus, que não estava mais ali): “Levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram!” Dizendo isso e vendo só os panos, virou-se logo, como quem procura alguém; pensava que devia encontrá-Lo em qualquer parte e tinha um vago sentimento de sua presença e nem a aparição dos Anjos podia dissuadi-la. Parecia não se lembrar que eram Anjos; pensava só em Jesus, perguntava somente a si mesma: “Jesus não está aqui; onde estará Ele?”

Vi-a alguns passos diante da gruta, vagando de um lado para o outro, como quem, com grande perturbação, está procurando alguém. O longo cabelo caia-lhe de ambos os lados sobre os ombros; uma vez o segurou no ombro direito, com ambas as mãos; depois o pegou de ambos os lados e jogou-o para trás, olhando sempre em redor.

De súbito viu, a dez passos de distância, a leste do rochedo sepulcral, onde o jardim sobe para o muro da cidade, atrás de uma palmeira, nas moitas, uma figura alta, vestida de branco, à luz do crepúsculo e correndo para lá, ouviu de novo as palavras: “Mulher, por quê choras? A quem procuras?” Julgou que fosse o jardineiro e eu também lhe vi na mão uma enxada e na cabeça um grande chapéu, que se parecia com um pedaço de casca de árvore, para proteger do sol, como vi também o jardineiro na parábola que Jesus contou às mulheres, em Betânia, pouco antes da Paixão.

A aparição não era luminosa, mas de um homem vestido de uma longa veste branca, à luz do crepúsculo. Às Palavras: “Quem procuras?” Madalena respondeu imediatamente: “Senhor, se O levaste, dize-me onde está e irei buscá-Lo”. E ao mesmo tempo olhou em redor, para ver se o achava ali perto. Então lhe disse Jesus, com a voz habitual: “Maria!” Reconhecendo-Lhe a voz e esquecendo a crucificação, morte e sepultura, Madalena virou-se imediatamente e disse-Lhe, como se Ele ainda estivesse vivo: “Raboni (Mestre)!” E caiu de joelhos, estendendo as mãos para lhe abraçar os pés. Jesus, porém, ergueu a mão para a afastar, dizendo: “Não me toques: pois ainda não subi ao meu Pai. Mas vai a meus irmãos e dize-lhes: “Ascenderei a meu Pai e a vosso Pai, a meu Deus e a vosso Deus”. E o Senhor desapareceu.

Recebi também a explicação do motivo pelo qual Jesus disse: “Não me toques”; mas não me lembro mais muito bem. Parece-me que o disse, porque Madalena era muito impetuosa e estava dominada inteiramente pela convicção de que Ele vivia como dantes e que tudo era como outrora. Das palavras de Jesus: “Ainda não subi a meu Pai”, recebi a explicação de que ele não se apresentara ainda ao Pai depois da Ressurreição e não lhe agradecera ainda a vitória sobre a morte e a Redenção. Parecia dizer com isso que as primícias da alegria pertenciam a Deus; antes de tudo devia lembrar-se de dar graças a Deus, pelo mistério consumado da Redenção e da vitória sobre a morte; pois Madalena queria abraçar-Lhe os pés, como dantes e não pensava senão no Mestre querido e esquecera, no enlevo do amor, o grande milagre da ressurreição.

Depois do desaparecimento do Senhor se levantou Madalena e correu mais uma vez ao sepulcro, como para se convencer de que não tinha sonhado. Então vi os dois Anjos sentados à cabeceira e aos pés do túmulo, ouviu o que tinham dito também às outras mulheres, a respeito da ressurreição, viu os panos; convencida do milagre e da visão, saiu correndo, para procurar as companheiras no caminho do Gólgota; pois, andavam ainda pelos arredores, indecisas, esperando a volta de Madalena e nutrindo o desejo de ver o Senhor em qualquer parte.

Tudo o que se deu com Madalena, durou apenas alguns minutos; podiam ser cerca de duas horas e meia, quando lhe apareceu o Senhor. Ela correra justamente para fora do jardim, quando entrou João e logo após este, Pedro. João ficou na entrada e curvando-se, olhou pela porta meio aberta do sepulcro e viu lá dentro os panos. Então chegou Pedro e entrou na gruta; lá viu as mortalhas dobradas, nas quais estavam embrulhadas as especiarias: tudo enlaçado com faixa de pano, como as mulheres costumam enrolar tais panos para guardas; o véu do rosto, porém, estava dobrado perto da parede, do lado direito. João entrou então também na gruta e, aproximando-se do leito sepulcral, viu-o e creu na ressurreição; pois nesse momento se lhes tornou claro o que Jesus tinha dito e o que está escrito na Escritura e a que dantes tinham prestado pouco atenção. Pedro levou os panos sob o manto. Depois saíram, correndo, pela pequena porta de Nicodemos; João, porém, tomou novamente a dianteira.

Vi com eles e também com Madalena, o sepulcro. Ambas às vezes vi os dois Anjos sentados à cabeceira e aos pés, como sempre e durante todo o tempo em que o santo corpo de Jesus esteve no sepulcro. Pareceu-me, porém, que Pedro não os viu. Quanto a João, ouvi-o dizer mais tarde os discípulos de Emaús que, olhando de fora para dentro, vira um Anjo. Talvez fosse por isso que, assustado, deixou primeiro entrar Pedro e não o escreveu no Evangelho por humildade, para não ter visto mais do que Pedro.

Depois vi os guardas, estendidos por ali, recobrarem os sentidos e levantarem-se. Tomaram as lanças e os braseiros, que ardiam na entrada, em cima de hastes e lançavam luz na gruta, saíram assustados e perturbados do jardim e voltaram à cidade, pela porta pela qual Jesus fora conduzido à morte.

No entanto encontrara Madalena as santas mulheres e contara-lhes que comunicara a Pedro ter visto os Anjos; as mulheres responderam-lhe que também tinham visto os Anjos. Madalena voltou apressadamente à cidade, pela porta do Calvário; as mulheres, porém, foram novamente na direção do Jardim, esperando talvez encontrar ainda lá os dois Apóstolos. Os guardas passaram-lhes perto e disseram-lhes algumas palavras.

Quando as santas mulheres chegaram próximas ao jardim do sepulcro, veio-lhes ao encontro Jesus, com uma veste larga e branca, que lhe cobria até as mãos e disse: “Deus vos salve!” Elas estremeceram e caíram-Lhe as pés, os quais pareciam querer abraçar; mas não me lembro mais claramente de o ter visto. O Senhor disse-lhes algumas palavras, apontou com a mão em uma direção e desapareceu.

As santas mulheres foram depressa pela Porta de Belém a Sião, para anunciar aos discípulos que tinham visto o Senhor e o que Ele lhes dissera. Estes, porém, não queriam a princípio lhes dar fé às afirmações, nem às de Madalena, tomando tudo, até à volta de Pedro e João, por imaginação das mulheres.

João e Pedro, que se tornara muito pensativo com o que tinha visto, encontraram-se, ao voltar, com Tiago o Menor e Tadeu, que os tinham querido seguir ao sepulcro. Também esses dois estavam muito comovidos, pois o Senhor lhes aparecera perto do Cenáculo. Vi, porém, que Jesus tinha passado perto de Pedro e João: pareceu-me que Pedro O viu, pois vi-o de súbito extremamente comovido. Não sei se João também O reconheceu.

Nas visões que se referem a esse tempo, vejo muitas vezes, em Jerusalém e em outros lugares, o Senhor e outras aparições no meio de homens, mas não noto que estes o avistem. Às vezes vejo alguns estremecerem de repente espantar-se, enquanto que outros ficam indiferentes. Parece-me que vejo o Senhor sempre, mas percebo ao mesmo tempo que naqueles dias os homens o viam só de vez em quando.

Do mesmo modo tenho visto sempre os dois Anjos sacerdotais na gruta do sepulcro, desde a sepultura do Senhor, mas vi também que as santas mulheres às vezes os viam, outras vezes viam só um e ainda em outras ocasiões viam ambos. Os Anjos que falaram às mulheres, eram os Anjos de aparência sacerdotal. Falou apenas um deles e só um foi visto, porque a porta não estava aberta. O Anjo que desceu do céu como um relâmpago, rolou a pedra para o lado o sentou-se-lhe em cima, apareceu na figura de um guerreiro. Cássio e os guardas viram-no a princípio sentado na pedra. Os Anjos que falaram ainda depois, eram um ou dois Anjos do sepulcro. Do motivo porque tudo assim sucedeu, não me lembro mais; quando o vi, não fiquei surpresa; pois lá vemos muito simples e direito e nada parece estranho.

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