Jesus, nosso único amor

Jesus, nosso  único amor
Olhai sempre por nós

Sejam bem vindos e mergulhem no Amor de Deus por nós!

Tudo por um mundo cheio do Amor Incondicional de Deus por nós. Mudemos o mundo levando as imagens invisíveis do Céu para a humanidade que hoje só crê nas imagens visíveis.

ZELAR PELA MÃE TERRA

ZELAR PELA MÃE TERRA
Minha doce Mãe, te ofereço essas flores!

terça-feira, 9 de março de 2010

QUARESMA - TERCEIRA PALAVRA DE JESUS NA CRUZ

A Grande Cruzada de Amor e Misericórdia - Do Sinai ao Calvário

Terceira Palavra

Meu Senhor levantou um pouco a cabeça como se querendo livrar Seus olhos do sangue que entrava neles, para olhar uma vez mais para essas duas pessoas que havia amado e que agora ficavam como testemunhas Suas: Sua Mãe e João, o irmão, o amigo, o filho... aquele que, talvez por ser o mais jovem e mais puro entre os Apóstolos, melhor se identificava com Jesus.

Precisamente João, depois escreveria o Evangelho do Amor de Deus e falaria de Maria, a Mulher do Gênesis: a Mãe do Filho de Deus, a “Cheia de Graça”, a perfeita colaboradora, discípula e também educadora de Jesus. Maria, nossa amorosa e doce Mãe.

Jesus me disse nesse instante: “Quando falei na montanha aquele dia sobre as Bem-aventuranças, tinha Minha Mãe diante de Mim, escutando atenta, aprendendo... - Felizes os pobres em espírito... Felizes os puros de coração... Felizes os humildes e simples... Felizes os que sofrem e choram... Felizes os que são odiados e perseguidos por minha causa... - E pensava em todos os homens que seriam chamados bem-aventurados ou felizes, tomando Maria como modelo.”

Nesse momento, Ela se aproximou mais da cruz onde estava cravado esse Corpo que era carne de Sua carne. Sabendo que restava pouco tempo, Maria lhe disse interiormente: “Meu Filho e Meu Senhor, leva-me Contigo!...”

Jesus olhou para Ela com uma ternura e uma dor inefáveis. Ali estava Ela, a Mulher do Gênesis, a Mulher das Bodas de Caná, a Mulher do Apocalipse; a Mulher que havia sido destinada, eleita, formada para ser Sua Mãe na terra...

Esse olhar de Jesus reclama de todos um respeito profundo e verdadeira piedade por quem agora está vivendo as dores profetizadas por Simeão no Tempo no dia de Sua Apresentação... Uma espada está atravessando sua alma!

Depois de ter tido a visão desse momento, o Senhor me disse: “Minha Mãe sempre esteve destinada a ser a Mulher que com Seus sofrimentos Me ajudaria na redenção dos homens... Deveis saber que naquele dia, na Boda de Caná, quando lhe disse que ainda não havia chegado Minha hora, Eu Me referia precisamente a este momento: a hora em que partiria para que Ela continuasse Minha Obra na Igreja que nasceria de Meu Lado.”

“Quis o Pai convertê-la em Mãe do “Fruto” de Seu Amor, Eu quis convertê-la em Mãe do Fruto de Minha Paixão e Minha Cruz: Minha Igreja. Mãe da Igreja e Mãe dos que crêem em Meu Nome e se tornam Filhos de Deus.”

“Esta Mulher que, tendo dito Sim à Vontade do Pai quando lhe foi anunciada Minha Encarnação, que toda Sua vida não foi outra coisa que um ‘Sim’ ao Divino Querer, vai converter-se agora na primeira pessoa a colher o fruto do grão de trigo morto. E para isso terá que ser igual a Mim em Misericórdia para com o mundo.”

“Vês agora, pequeno nada, agora contemplando este momento podes compreender com maior facilidade por quê o sofrimento humano tem sentido quando é suportado por mim, querendo dar cumprimento à Vontade Divina; é que a maior dor, por intensa que seja, não diminui a felicidade no coração de alguém que se adoça com o maior Amor”

“A verdadeira felicidade está no amor a Deus e, como conseqüência, aos homens. Um amor que é doação generosa, capaz de dar a própria vida para agradar ao Pai.”

“Chegou a Sua e Minha hora: Eu volto ao Pai, mas Ela deverá ficar e suplicar, como Eu suplicava, para que os Meus não se percam. Devia dizer-lhe, devia recordar-lhe que era a Mulher do Gênesis, que ainda que Nossos Corações estivessem se partindo de dor, Eu deveria partir e Ela ficar, para que se cumpra a sentença de Deus: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua descendência e a dela; ela te pisará a cabeça enquanto te lançarás ao seu calcanhar.” (Gen 3,15)

“Diz a todos os Meus filhos que prostrem seus corações diante dessa meditação, porque é um dos momentos mais culminantes na história da salvação do homem. Vou encomendar a humanidade àquela que será ‘Medianera’ entre o homem e Eu.”

“Chegou a hora do Gênesis, a hora de completar o milagre iniciado em Caná. É o momento em que devo pedir-lhe que adote João e, nele, que adote por Seus filhos todos os filhos de Deus, todos os Meus irmãos. Meu caminho se tranformou em Seu caminho, e deverá beber até a última gota do cálice amargo do sofrimento: entregando Seu Filho para cumprir a Vontade Divina e deverá se converter em Mãe da humanidade; mas logo a humanidade, representada em Minha Igreja, repetirá Seus louvores e Sua glória resplandecerá quando o Universo se inclinar diante da Rainha de todas as virtudes.”

“É preciso que novamente Seu Coração Imaculado se abra à Vontade Divina e Seu Amor obediente seja mais forte que Sua humilde Dor... Ela deve recordar que é a Mulher de ontem, de hoje e de amanhã: Antigo Testamento, Evangelho e Apocalipse…”

“É preciso que Ela tenha um novo parto:”

“Mulher, eis aí teu filho… Filho, eis aí tua Mãe…”

Novamente a Virgem obedece, João se aninha em Seus braços chorando e Ela, muito esgotada pela tristeza, mas digna, Senhora como sempre, majestosa em sua simplicidade, que não precisa de artifícios para mostrar sua formosura… serena e docemente abraça João.

Sabe que o parto chegou novamente para Ela. Sabe que este parto é muitíssimo mais doloroso que o outro. No primeiro lhe era encomendado o Filho de Deus, o Santo, um menino puro como Ela que lhe traria alegria, sabedoria, risos e bênçãos em cada um de Seus beijos.

Neste outro parto converter-se-é em Mãe da humanidade inteira e muitíssimos não só não quererão reconhecê-la, como a ofenderão. Outros, por atacar a Igreja de Seu Filho, chamá-la-ão “demônio”, quando Ela vier uma e outra vez à terra em busca das ovelhas perdidas que o Pastor ama.

No primeiro parto, Seus braços embalaram uma formosa criatura que em Sua carne fresca, tenra, recebia os beijos ditosos de uma jovem Mãe. Agora Seus braços receberão a Seu Filho morto, torturado e ensangüentado para salvar os homens miseráveis, que por culpa de seus pecados O deixam assim, irreconhecível, como um dia havia sido profetizado por Isaías.

Sabendo tudo isto e vendo Seu Filho nesse estado, moribundo, ouvindo-o… obedece e consente em adotar como filhos seus todos os homens, também aos malfeitores, as prostitutas, os ateus, os assassinos, os ladrões, os mentirosos, os que sucessivamente e por todo o tempo em que dure sua vida na terra, irão ofender, combater e negar a Deus.

Recebe-nos os daquele e deste tempo, e com isso vem o parto: Acaba de dar à luz a Igreja de Seu Filho. Assim como um dia o Espírito Santo depositou em Suas puríssimas entranhas o Verbo para trazer a salvação ao mundo, hoje o Filho eposita em Seu Coração Imaculado a humanidade, para que nesse Recinto sagrado possa encontrar refúgio o pecador que quer ser salvar.

Não, não é fácil o encargo que o Senhor lhe dá e Ela sabe porque Deus a cumulou de dons; mas além disso, concedeu-lhe o Dom de ser a “Onipotência Suplicante”. Esse dom que consiste na súplica permanente foi, e ainda é hoje, a chave secreta para abrir o Coração de Jesus.

O Senhor me disse: “Ela sabia que teria que suplicar por cada um de vós e deveríeis aprender de Maria… Quando menino Eu seguia Seus passos, para que depois Ela seguisse os Meus. Foi tão íntima Nossa união, tão perfeita, que sentia todos os Meus sentimentos e conhecia todos os Meus pensamentos, porque em Meu Espírito Santo, do qual estava repleta, tudo lhe era sabido. Assim como Ela estava em Deus e Deus estava nEla. Por isso Sua vida era silenciosa e orante.”

“O homem de hoje, quando encontra dificuldades na vida, reflete, vacila ou discute, em lugar de rogar. Muitas vezes, demasiada reflexão sobre os problemas é uma fuga ao imaginário, enquanto que a verdadeira oração é sempre o retorno à realidade.”

“Quando Minha Mãe se encontrava em uma situação difícil, não se punha a refletir e planejar, mas rezava. Porisso podia doar-se de maneira total, porque súplica e doação estão intimamente unidas.”

“A súplica de Maria tem o valor do presente que Deus espera dEla: é o maior presente, a maneira mais perfeita de se doar. A súplica não é verdadeira, não é pura, deixa de ser cristã, se não é uma maneira de se doar.”

Contemplo novamente Jesus e me vem à memória o Salmo 22 (21), 16-17, que dice: “Minha garganta está seca qual barro cozido, pega-se no paladar a minha língua: vós me reduzistes ao pó da morte. Sim, rodeia-me uma malta de cães, cerca-me um bando de malfeitores. Traspassaram minhas mãos e meus pés…”

Que mãe, diante de algo tão atroz como ver Seu Filho crucificado, teria podido suportar tal sofrimento? Contemplei a Virgem e senti tanta piedade que o amor por Ela ia crescendo em intensidade, em respeito, em admiração. Pensei que Seu espírito, apesar de tanta dor, abrigaria a esperança na Onipotência Divina, mas Sua humanidade sofria profundamente essa enorme prova.

Lembrei-me de uma meditação da Via Sacra que recita uma parte do Cântico dos Cânticos: “busquei aquele que meu coração ama; procurei-o, sem o encontrar. Vou levantar-me e percorrer a cidade, as ruas e as praças, em busca daquele que meu coração ama; procurei-o, sem o encontrar. Os guardas encontraram-me quando faziam sua ronda na cidade. Vistes acaso aquele que meu coração ama? Mal passara por eles, encontrei aquele que meu coração ama.”

Recordei também o Profeta Jeremias que disse: “...Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta, a mim que o Senhor feriu...”

Anos atrás, Jesus, ao me revelar o que acontece durante a Celebração da Eucaristia, havia dito que nenhuma Mãe jamais alimentou seu filho com sua carne, e que Ele sim havia chegado até esse extremo de Amor, dando-nos como alimento Seu Corpo e Seu Sangue.

Agora, ao contemplar esse Corpo do qual pendiam tiras de pele e carne, via exatamente o que quis nos dizer, e meu coração se sentiu tão culpado, que pedia deixar de bater nesse momento para não sofrer o que eu estava sofrendo. Imaginemos o que estaria sentindo nesse momento a Santíssima Virgem!

Hoje, quando comprovamos o quanto se degradou a mulher, pisoteando seu pudor, para entregar-se desavergonhadamente aos olhares sujos de tantos homens...

Quando vemos todas essas jovens que se vangloriam de exibir-se em fotografias despidas, porque estão orgulhosas de que seus corpos, às vezes perfeitos em beleza, tenham sido escolhidos para se mostrarem qual barata mercadoria, como se fosse carne fresca pendurada em ganchos nos açougues…

É que não nos acontece de pensar, nem queremos crer, que esse corpo é TEMPLO E MORADA DO ESPÍRITO SANTO?...

Nosso amor deveria admirar mais a pureza de Maria. Não deveria ser esta ou aquela modelo que inspire nossas filhas, porque a carne é cadáver que apodrece e a maior beleza envelhece para acabar convertida em pó.

Todas as mulheres deveríamos ter como modelo Maria, imitar Sua pureza, Seus movimentos delicados e autênticos realizados sempre com aquele feminilidade e sobriedade que dá maior Glória à Criação de Deus e não entristece o Espírito Santo.

É que lamentavelmente muitas mulheres, ao se converterem em seres que se movem por mero instinto e puro afã de sedução, com movimentos que de tão exagerados são grosseiros, acabam por atentar contra a própria estética que supostamente procuram.

Não podemos nos converter em pedras de tropeço, pois um dia deveremos prestar contas a Deus por cada um dos homens que por causa de nossa impudicícia pecara, já que não é tão culpado aquele que peca olhando como aquela que se descobre incitando ao pecado.

Que Deus se apiede de nós, as mulheres que não tivemos interesse em reconhecer Maria, a Cheia de Graça, como um possível modelo a imitar.

“Oh vós, por quem dei Minha vida, tendes agora uma Mãe a quem podeis recorrer em todas as vossas necessidades. Eu vos uni a todos com os laços mais estreitos, ao vos dar Minha própria Mãe.”

Extraído do livro: "Do Sinai ao Calvário" de Catalina Rivas

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